Uma foto com dois líderes estaduais do PSB. Um, nosso conterrâneo, foi o segundo deputado federal mais bem votado do Ceará e é pré-candidato a Senador.
Mantenho uma amizade de longas datas com ambos.
Karla Loiola questiona derrubada de muros nas escolas.
O recente massacre numa escola e Sobral, quando dois alunos foram massacrados no alambrado da escola, reacendeu um antigo debate entre educadores e pedagogos. A escola deve ter muros (visão conservadora) ou não deve ter muros: visão libertária escolar.
Karla, que é de grande competentência educacional, inteligentíssima e uma das mais preparadas professoras-educadoras de Nova Russas, em artigo maravilhoso e bem didático sobre a questão, questiona a substituição dos muros por alambrados.
Afirma que os alambrados, diante de avassaladora escalada de violência urbana, traria menos segurança para alunos e professores..
Lembrou da ação da gestão municipal em Nova Russas, quando derrubou muros e construiu alambrados nas várias escolas municipais.
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Muito se discute sobre a derrubada de muros escolares e a substituição por alambrados. De fato, à primeira vista, trata-se de uma proposta atraente: amplia a visibilidade, dá um ar moderno às instituições e transmite a ideia de maior integração entre a escola e a comunidade. Esteticamente, não há dúvida de que os alambrados embelezam o espaço.
No entanto, precisamos refletir: até que ponto essa prática é positiva em um cenário como o que vivemos hoje? Se estivéssemos em uma sociedade marcada pela paz, pelo respeito e pela valorização da vida, talvez fosse uma escolha belíssima. Mas a realidade é outra. A cada dia nos deparamos com episódios de violência em locais que deveriam ser sagrados: as escolas.
Um exemplo doloroso ocorreu em Sobral, nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025, quando alunos foram mortos a tiros dentro do ambiente escolar. Os disparos partiram de fora para dentro, justamente através das grades que, em vez de proteger, expuseram vidas inocentes. Além disso, o alambrado facilita a entrada de armas, drogas e até de pessoas não autorizadas, transformando a escola em um espaço vulnerável.
Em Nova Russas-CE, a atual gestão seguiu a mesma prática do governo do Estado: derrubou muros e ergueu alambrados. No entanto, não houve investimento proporcional em segurança. Essa decisão, na prática, deixa alunos, professores e funcionários expostos a riscos que não podem ser ignorados.
É preciso deixar claro: defender muros mais altos ou estruturas sólidas não significa querer isolar a escola da comunidade. Significa, antes de tudo, zelar pela segurança de todos que fazem parte dela. A escola deve ser um espaço de acolhimento, mas também de proteção.
Assim, defendo que antes de transformar os muros em grades, devemos construir condições reais de segurança: vigilância, políticas públicas de prevenção à violência, acompanhamento social e psicológico. Só então poderemos sonhar com escolas abertas e integradas, sem medo de que essa abertura custe vidas.