Denominam-se folclóricas e populares algumas figuras humanas que transitam em nossas ruas e avenidas, e nunca aceitaram se enquadrar na sociedade capitalista de produção. Preferem levar uma vida boêmia, despreocupada e sem preocupação alguma com dinheiro e a riqueza -mesmo chamados de pessoas sem juízo.
Andarilhos sem preocupação estética, sem roupas de griffe, vivendo de acordo com a natureza, filosofando sobre a curta existência.
No limite entre a razão e a loucura, tais tipos preferem o desconforto material. Preferem viver a metamorfose ambulante do que viverem com a boca escancarada defendendo a velha sociedade do capital.
Luquinha (Doidão) é uma figura folclórica das mais queridas e conhecidas. Militante político bem informado, seu principal hobby é ferrar os políticos, ganhando até 50 reais de um deles. Ganhou do comerciante Naú um autógrafo (N) em sua camisa, dando direito e privilégios a ele.
Luquinha, com a assinatura do Naú, tem direito a entrar no Mercado Velho (até as 4 da tarde), na Prefeitura e na Câmara, até mesmo no cemitério Solar Eterno em dias de enterro, respeitando, porém, o horário de verão estabelecido pelo governo federal a nível nacional.
Seu irmão, Antonio dos Papelão, é outra figura folclórica. Fala uma linguagem animal apenas de sussurros. Perambula pelas ruas apanhando papelões. Não se conhece nada do que ele disse, o que ele pensa, ou que ele defende como pessoa ou como ser humano.
Marçãovive perambulando ou dormindo ao relento em praças ou em determinados equipamentos urbanos. Marção é uma espécie de anarquista-hippie-cachaceiro-esmolando uns trocados. Deixou a vida proletária para ser um papudinho socialista e não dedicado ao trabalho.
Carlim Pamonha, barrigão de lutador de sumô sempre acima do peso e sempre dormindo em estabelecimentos comerciais, após comer uma bacia de comida ou 50 pasteis no Moura, é bem engraçado e uma pessoa do bem. Está sempre com uma bacia pedindo dinheiro para ir para Canindé, mas gosta mesmo é de ir para o Canindezinho.
Para terminar. Charles Pombão, mistura de homossexual com hinduísta. Roupas esfarrapadas, cabelos sempre sujos e não penteados, fedendo bastante, Charles anda sempre com umas pedras mágicas ou flores para ofertar para as pessoas. Tem uma frase que gosta de repetir: gosto de chupar ovinhos.
Agora vive fazendo turismo maluco em Ipueiras.
É o fechamento do 1º tratado sobre figuras folclóricas!
Autor do Tratado: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário