Um dos primeiros a falar/escrever sobre pulsão da morte versus pulsão da vida, e no sentido filosófico existencialista, foi o filósofo alemão Schopenhauer.
Fez isso no seu clássico filosófico, "Metafísica do Amor, Metafísica da morte" -resumo literário de que as criações da vida e as destruições se tornam relações dialéticas no conflito existencial.
#O Papa da Psicanálise, Sigmund Freud, fez do conflito entre a pulsão da morte ("todestrieb", em alemão) e a pulsão da vida ("antrieb des leben"), ou Eros (vida) e Tanatos (morte), um dos temas mais debatidos e dos mais populares na dinâmica da Psicanálise#.
Até no ato de se alimentar, de comer alimentos, que é um instinto básico da preservação da vida, tem esse conflito de pulsão da vida (Eros) versus Pulsão da morte (Tanatos).
Pelo simples fato de que, para comer, você precisa mastigar até destruir o alimento animal (boi, carneiro, galinha) ou o alimento vegetal: frutas, verduras etc.
Na própria sexualidade que gera filhos, na guerra entre os milhões de espermatozóides para fecundar o óvulo feminino, existe aí essa guerra conflituosa entre vida e morte. Milhões de espermatozoides são mortos para apenas um esperma fecundar na ovulação feminina.
Assim é nas demais relações. A produção gráfica do papel e as padarias nascem da destruição de milhares de árvores, bem como os milhares de peixes mortos para que sejam construídas hidrelétricas e outros empreendimentos humanos. A construção de uma usina nuclear mata várias espécies animais e vegetais ao seu redor.
Assim é também no meio animal. A minhoca morre para fisgar com força o peixe no anzol, o pássaro João de Barro usa a pulsão da morte sobre e conta a fêmea que não lhe deu um sucessor e ainda o traiu, milhares de frangos de granja morrem para alguns sobreviverem.
Isso se explica muito bem em algumas teses ideológicas e biológicas de que o progresso vital só se atinge na pulsão das mortes coletivas, ou seja, para ter um mundo melhor e progressista, é preciso que milhões morram -como assim fez o regime nazista de Hitler.
Sempre sempre assim a existência humana: pulsão da morte sobre a pulsão da vida.
Ou seja: é preciso matar para continuar vivendo na Terra!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro!
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