sexta-feira, 3 de março de 2017

Artigo do Blog Professor Tim explicando a carestia de alimentos no Brasil.

De Cabral a Temer: explicando carestia de alimentos no Brasil!
O Brasil tem 516 anos de descoberta ou invasão, como queiram os historiadores definir, e uma característica tem sido única, de Cabral até o governo Temer: carestia de alimentos em nosso país.

O nosso objetivo agora é explicar porque tanta carestia e inflação de alimentos. Basta ir na feira livre de Nova Russas ou em qualquer supermercado para ver tanta carestia nos preços dos alimentos básicos:
Uma dúzia de bananas está custando R$ 6, 7 laranjas por 5 reais, um quilo de carne a 22 reais, o arroz está vendido a 5 reais e o feijão tem hora que passou dos 12 reais.
Como explicar melhor as causas e as razões da carestia e da inflação de alimentos no Brasil?
Por várias razões e causas!
Uma das razões principais está na brutal concentração das terras nas mãos de poucos, desde as sesmarias do período colonial, quando aqui chegaram os portugueses sujos e fedorentos de Pedro Cabral, até os latifúndios atuais improdutivos, vulgo agronegócio, que só serve para engordar búfalos e produzir sojaResultado de imagem para fotos e imagens da soja do agronegócio.
No monopólio da soja nos grandes latifúndios, e antes do Pau Brasil, da Cana de Açúcar, da Borracha, do Café e de outros produtos, sempre fomos um país em que não se produz nada para o povo brasileiro comer.
É a eterna dependência colonial de produzir alimentos apenas para exportação a preço de banana o que produzimos em nossas terras que estão nas mãos de poucos.
É a exportação e a venda de "commodities" para engordar bichos dos europeus e dos Norte-Americanos: soja para porcos, milho para galinhas dos EUA, cacau para a Suíça fabricar chocolates que nos vendem 5 vezes mais caros do que o cacau que eles compram.
Ainda mandamos carradas de sacas de laranja quase de graças para se produzir sucos nas indústrias dos países mais ricos.
Nossas terras não produz feijão, arroz, farinha, milho, hortaliças, frutas diversas, entre outros produtos alimentares, para matar a fome e abastecer o mercado interno do nosso país. 
Isso gera uma escassez alimentar muito grande nas feiras livres e nas mesas dos brasileiros. Como poucos alimentos para se consumir, vem a inflação de demanda.
Ou seja: como tem pouca oferta, os preços disparam e com isso a inflação também dispara, desvalorizando o valor do real e deixando os trabalhadores com seus salários depreciados diante de tanta carestia.
A música "saco de dinheiro", como cantou Alcione e Beth Carvalho, para comprar um quilo de feijão ou um quilo de arroz.
Esse negócio da economia brasileira vender apenas "commodities" (alimentos e produtos naturais sem valor agregado, ou seja, sem industrialização), por um lado, aumenta a nossa balança comercial.
Mas por outro gera um prejuízo maior na balança comercial. Como produzidos apenas produtos naturais e não somos um país industrialmente forte, os brasileiros compram lá fora badulaques tecnológicos: telefones celulares, carros de luxo, entre outros itens, que vão causar déficit na balança comercial.
Agora uma pausa na culpa do agronegócio, cujo maior chefão é o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (testa de ferro e laranja de multinacionais: Monsanto), 
Outros vilões da carestia dos alimentos no Brasil são os grandes empresários de São Paulo e alguns outros de outros estados da federação.
A Sadia e a Perdigão, no caso das galinhas de granja, monopolizam o setor aviário e sempre aumentam os preços dos seus frangos congelados, que hoje seus preços oscilam entre 8 e 10 reais o quilo.
Já as indústrias de São Paulo e outras unidades ricas da federação (Rio de Janeiro, Minas Gerais) produzem macarrão, arroz, manteiga e outros alimentos a preços muito caros.
É a carestia dos chamados alimentos industriais enlatados e empacotados vendidos em supermercados e grandes redes de hipermercados.
A importação de trigo e da farinha de trigo dolarizados para produzir pães, da Argentina e de outros países, é outro fato de carestia de alguns outros produtos básicos da alimentação dos brasileiros/as.
Assim é sempre a história do Brasil, desde Cabral até Temer: comemos o pão que o diabo amassou na carestia dos preços dos alimentos.
Seja o diabo Cabral ou Temer!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.

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