MONTARIA( MANOBRA DE KRISTELLER "MODIFICADA") SOBRE ÚTERO VIRA CRIME
Mais uma vez volto a abordar a temática que diz respeito à Violência Obstétrica. São denúncias que constam em detalhes na Representação apresentada junto a Ministério Público da cidade de Crateús. Que aqui peço regime de urgência.
Ministério da Saúde lança esta semana uma estratégia para reduzir a prática desnecessária de procedimentos agressivos, violentos, sem autorização durante o parto "normal".
São mais de 200 recomendações que constam nas Diretrizes do Ministério Público. Que vão desde o alivio da dor, como massagem até banhos quentes.
O mais importante dessa nova estratégia do Ministério da Saúde é condenar terminantemente, sem exceção, a manobra de Kristeller, uma manobra violenta que pressiona o útero para auxiliar expulsão. Auxiliar, não. Brutalizar a expulsão.
Em Crateús conforme vasta documentação agora também de posse do Ministério Publico, pratica uma manobra de Kristeller "modificada". É contumaz, rotineira, e violenta ao extrema. Praticada por carrascos medievais. Não é apenas a pressão sobre o útero. Os relatos documentados na Representação saltam aos olhos. Em Crateús não apenas pressionam, fazem do útero, prática de cavalgadas. Montam criminosamente sobre o úteros de jovens mães. Mães, não. Frustrada expectativa de maternidade.
Além dessa manobra violenta não ser eficaz, a manobra provoca sérios danos para a mulher e para o bebê, como rupturas de costelas e hemorragias.
Os bebês invariavelmente sofrem Acidente(!?) Vascular Cerebral, de caráter irreversível. Dos cinco casos oficialmente relatados, 4 perderam seus bebês, e uma, a criança, que eu vi, apresenta todos os comprometimentos neológicos, que se configuram como irreversíveis. Traumas de todas as ordens. Um outro procedimento que usado sem autorização da gestação, e que se pratica na esmagadora maioria dos casos é episiotomia, corte feito na região do períneo. Mesmo quando a parturiente tem toda a dilatação adequada, mesmo assim, sem autorização explicita, ou tácita fazem o corte, na maioria das vezes sem nenhuma necessidade.
Apos a colocação em pratica desse manual que tem o nome de Diretriz do Parto Normal, retirada de pelos pubianos e lavagem intestinal somente com a autorização da gestante. Hoje é regra geral. E o fazem não como procedimento inerente ao parto, mas para comprometer mesmo a autoestima. Até para humilhar. A luta em Crateús, que cinco jovens com acalentada expectativa de sentimento de maternidade em busca de reparação por inúmeros danos físicos, psicológicos, materiais já começou. Agora, com o reconhecimento do Ministério da Saúde de que o que se pratica no Hospital Maternidade São Lucas em Crateús se assemelha à uma barbárie. E isso precisa acabar.
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Autor: Montezuma Sales é dentista profissional, advogado e consagrado intelectual de Crateús.
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