A Eutanásia como cura das almas espirituais, a partir da morte de uma criança inglesa, serviu de tema para mais um belo texto do doutrinador José Matos.

A MORTE DA CRIANÇA INGLESA

A semana que passou caracterizou-se, entre outros assuntos chocantes, pela resistência por parte dos pais da criança inglesa que não aceitavam o desligamento dos aparelhos que mantinham viva sua filha acometida de uma doença incurável. No futuro, quando os pais entenderem que são apenas encarregados temporários desses filhos carnais, contribuindo para a evolução destes, esses sofrimentos desaparecerão porque entenderão que são espíritos doentes que usaram o corpo de carne apenas para curar a alma. Nessa situação paradoxal o corpo físico adoece para a alma curar-se. O corpo físico funciona como um dreno onde a alma doente expele o pus fluídico que carregava e que impedia seu progresso espiritual. Enquanto pensarem apenas num corpo de carne, sem alma, sofrerão e muito. Falta fé. Falta interesse para entender os mistérios que são acessíveis a todos que os buscarem. No livro " Entre a Terra e o Céu", André Luis, por meio de Chico Xavier, descreve uma criança que carregava uma ferida na garganta tanto na parte espiritual como na parte física. Ao desencarnar, e ser retirado do corpo, André Luis relata o desaparecimento da ferida na parte espiritual. Agora, livre da doença, o espírito podia seguir na sua trajetória espiritual em paz.
Não foi sem fundamento que Jesus ensinou: "é preciso nascer de novo; o que é nascido da carne é carne; o que é nascido do espírito é espírito". Então, a criança inglesa, como milhares de crianças com doenças incuráveis que faleceram e falecem diariamente, precisam nascer da carne para curar o espírito. Os pais do amanhã, que perderem seus filhos por doenças incuráveis, sentirão também tristeza, mas será uma tristeza alegre porque saberão a razão sábia embutida na partida desses filhos.
" Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei", ensinou o Mestre Allan Kardec que, inspirado nela, Roberto Carlos compôs a música, " HOMEM".

José Matos - DF