sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Artigo do Blog Professor Tim sobre renúncia do ex presidente Jânio Quadros o Dia do Soldado.

'Soldados da cabeça de papel' não marcharam direito para Jânio Quadro no Dia do Soldado!
Foi apenas uma brincadeira com aquele música crítica da época da ditadura militar, "marcha soldado da cabeça de papel se não marchar direito vai preso no papel", a respeito de um fato péssimo para a democracia brasileira na década de 60 e que antecipou o regime militar no Brasil.
É o fato da renúncia do ex presidente Jânio QuadrosResultado de imagem para fotos e imagens de jânio quadros, o mais populista e fanfarrão dos presidentes da República, que, no Dia do Soldado (25 de agosto)A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto, renunciava à Presidência da República colocando culpa nas forças ocultas que rondavam o Palácio do Planalto e seu governo polêmico e contraditório.
Eleito na pregação moralista do "varre, varre vassourinha", Jânio Quadro governou com medidas malucas (proibiu o uso do biquíni e as brigas de galo), medidas entreguistas (privatizou e abriu o Brasil para o capital estrangeiro) e medidas socialistas na política externa em plena guerra fria: condecorou Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul.
Diferente política ideologicamente do vice, João Goulart (Jango), Jânio quis, na verdade, renunciar para voltar nos braços do povo, mas não conseguiu. Os militares e inimigos políticos dele não aceitaram sua volta ao cargo e deixaram vago o cargo de Presidente, com o vice na China.
Como não queriam a posse de Jango, aliado ao trabalhismo e ao nacionalismo, setores conservadores e da direita brasileira, fizeram uma transição para o parlamentarismo, transformando Jango, durante dois anos, numa mera figura decorativa no novo regime, até que, em 1963, em plebiscito, os brasileiros votaram na volta do Presidencialismo.
Ato grotesco da renúncia de Jânio Quadro facilitou que, quatro anos depois, no dia 31 de março de 1964, os milicos e os gorilas das Forças Armadas, implantassem a cruel e sanguinária ditadura militar -que durou cerca de 21 anos, terminando no dia 15 de março de 1985.
Ainda bem que hoje o presidente Temer, mesmo considerado um bandido e um dos presidentes da República no Brasil, não renunciou ao cargo.
E nem nossos soldados marcharam com as cabeças de papel!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.

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