Aquilo que é fenômeno social urbano localizado de morros e comunidades cariocas, que é o domínio de traficantes e de marginais do Comando Vermelho (CV) sobre territórios impondo um justiçamento primitivo para garantir a a ordem e a proteção aos moradores, está se tornando uma ideologia nacional da marginalidade.
Pichações atribuídas ao CV em paredes de algumas ruas e locais de Nova Russas vão no sentido da existência de uma suposta facção do CV na imposição da lei marcial e tolerância zero contra crimes em suas áreas de controle.
Na região do Bequinho (Rua Bartolomeu Araújo) foram feitas pichações dizendo que é proibido roubar moradores e comerciantes nas áreas do CV
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Um recado direto em dizer que podem ser aplicadas penas duras para quem praticar atos criminosos em determinada área dominada
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Refletindo que o suposto CV forma um estado marginal paralelo, impondo a justiça primitiva da punição dura e exemplar, como ocorrem nas regiões de Rio das Pedras (milícias) ou em áreas dominada por grupos armados de marginais sem causa do referido CV.
Isso também reflete numa certa banalização da organização criminosa Comando Vermelho, que é espetacularizada e divulgada demais pela midia carioca e não passa de uma ficção inventada pela imprensa e pelos aparelhos de repressão do Estado, para justificar uma guerra de extermínio contra marginais comuns e populações faveladas.
Hoje qualquer bandido pé de chinelo, qualquer marginal, diz logo que faz parte do CV. Algo que lhe garante respeito no meio marginal e dentro do sistema penitenciário. Assumem a identidade do CV para terem uma sobrevida no mundo marginal e da cadeia.
Algo que há uma boa repressão não resolva.
CV e merda é a mesma coisa!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
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