Toda eleição é diferente uma da outra, mas a eleição de 1989 se parece um pouco com a eleição de 1989 pelo menos quanto favorito.
Jair Bolsonaro, pré-candidato do Partido Social Liberal (PSL), assim como Collor do nanico PRN, derrubou e venceu as grandes organizações partidárias e seus presidenciáveis, Bolsonaro ameaça repetir o mesmo fenômeno collorido.
Jair Bolsonaro, pré-candidato do Partido Social Liberal (PSL), assim como Collor do nanico PRN, derrubou e venceu as grandes organizações partidárias e seus presidenciáveis, Bolsonaro ameaça repetir o mesmo fenômeno collorido.
Se a principal bandeira política e ideológica de Collor foi a luta contra corrupção e a violência do governo Sarney, a de Bolsonaro é também a luta contra a corrupção e contra violência e a insegurança dos governos petistas e de Temer -especialmente após a Operação Lava Jato que levou vários políticos importantes a serem condenados e preso
E a luta pela ética na política e contra a corrupção é um discurso fácil e demagógico aceito pelo povão e por amplos setores da classe média, maioria deles apoiando o chamado mito de Bolsonaro rumo à Presidência. Por não ter seu nome envolvido na corrupção da Lava Jato isso pode favorecê-lo ao lado do fato dele querer o juiz Sérgio Moro (autor da condenação e da prisão de Lula) como seu futuro ministro da Justiça.
Juntando o combate à corrupção, Bolsonaro levanta outras bandeiras que causam êxtase e são aceitas como dogmas religiosos por milhões de brasileiros. A defesa da ditadura militar e das torturas é uma delas
.
.
A pena de morte e aumento das penas para criminosos comuns, que sempre Bolsonaro defende como mantra, são aceitas por amplas camadas da população brasileira refém da violência fabricada pelo capitalismo selvagem e pelos organismos de repressão.
Mas uma das propostas/ideias de Bolsonaro que causam maior aceitação, notadamente dos setores cristãos e evangélicos, é sua proposta de acabar com o Kit Gay, o casamento entre homossexuais, a doutrinação LGBT nas escolas, entre outras. Propostas para agradar setores conservadores da Igreja Católica e das igrejas evangélicas.
É no setor evangélico que Bolsonaro espera buscar os votos necessários para ir ao 2º turno e vencer a eleição presidencial. Seu vice, senador Magno Malta (PR-ES) é um evangélico fundamentalista e ultraconservador. Formando uma dupla perfeita da Extrema Direita Militar (pela ordem e disciplina) e da Extrema Direita Religiosa (Ordem e moral conservadoras).
Se é extremista em questões de segurança e religiosa, na área econômica, serão igual ao Lula, ao FHC e outros. Sua Macroeconomia será a mesma do juros altos e do "spread" (nas alturas), da paridade cambial, das privatizações, da financeirização econômica, dos commodities como principal pauta exportadora etc.
Sua macroeconomia é entreguita e será feita para agradar ao FMI, ao Banco Central dos EUA e da União Europeia
Uma facilidade política para Jair Bolsonaro é o fato de Lula não ser candidato a Presidente, o que pode até facilitar sua vitória. E também de outros candidatos como Geraldo Alckmin (picolé de chuchu), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), entre outros, não terem o carisma e o populismo de Bolsonaro.
Ciro Gomes, que é o mais preparado, mas é muito burro, comete muitos erros políticos. Um deles foi não ter ido a São Bernardo, na véspera do Lula ser preso, prestar solidariedade ao maior líder do PT. Deveria ter ido, ter feito discurso incendiário contra a prisão de Lula e ter ganho o apoio e a simpatia de Lula e dos petistas.
Ausência de Ciro naquele dia fatídico pode impedir Lula a apoiar sua candidatura.
Isso facilita que Jair Bolsonaro, caso Aécio Neves (sim, o único que pode derrotá-lo), não seja o candidato tucano à Presidência da República.
Muito bom que os adversários pensem naquele frase que os Bolsominos e defensores do "mito" Bolsonaro gostam de repetir totalmente:
Melhor JAIR
se acostumando!
se acostumando!
__________________________________________
Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário