sábado, 18 de agosto de 2018

Artigo do Blog Professor Tim sobre os sentidos das roupas e das fardas contra a nudez humana!

Toda nudez será castigada e os sentidos imaginários e simbólicos da invenção das  roupas e das fardas na vida humana!
Não posso ter me enganado. 
A frase da abertura textual foi do dramaturgo/diretor/jornalista Nélson Rodrigues, que batizou o título de importante peça teatral dele. Frase conservadora mas sem aprofundar os sentidos antropológicos/teológicos/sociológicos da condenação do antropocentrismo humano como uma regressão primitivo selvagem do mundo animal.
Ninguém quer ficar nu com a mão no bolso.
Digo isso apenas para começar. Porque, condenando a nudez como algo diabólico e da fase primitiva, o renascimento humano criou roupas, vestimentas e fardas com vários simbolismos e imaginários.
Papa Francisco nu e sem roupa é uma coisa, com roupas papais é mais 500. Papa Francisco com sua bata branca (batina santa)Resultado de imagem para fotos e imagens do papa francisco, com sua mitra e outros acessórios, tem vários simbolismos e imaginários
Simboliza com as vestes papais que ele é o líder mundial da Igreja Católica (maior igreja cristã da Humanidade), que é o vigário de Cristo na Terra.
O paletó negado por Weber na ética protestante e no espírito do capitalismo, tem vários simbolismos. O simbolismo religioso é sua identificação com a religião prostestante/evangélicaImagem relacionada -cujos pastores usam sempre.
Usam paletó porque copiaram isso dos executivos das empresas capitalistas. A religião protestante/evangélica é muito parecida com uma empresa religiosa.
A farda de um militar identifica ele com a sua instituição militar. Não existe um praça ou oficial (da PM ou do Exército) sem a sua farda. É a farda que lhe dá poder sobre a sociedade civil, usar armas legalmente, receber soldos e ter vários privilégios e até o direito de matar civis de acordo com o estrito cumprimento do dever legal e não ser punido de forma alguma.
A farda de um estudante é a sua identidade estudantil e social com a escola em que estuda e que lhe dá vários direitos escolares.
Idem para a farda dos agentes de saúde que o identificam como servidores públicos. E até os escoteiros e os membros das guardas municipais, entre outras, andam fardados pelo objetivo funcional diverso.
Pense num médico ou médica sem o jalecoA imagem pode conter: Mayra Pinheiro, sorrindo, texto? Inimaginável! O jaleco e outros acessórios são fundamentais para o exercício pleno da atividade médica e tem fortes simbolismos identitários nos imaginários humanos: curas de doenças adiando a morte física, prescrição de medicamentos, descobertas de profilaxias, redução da mortalidade etc.
Pelo jaleco médico, e pela importância dos médicos/médicas, tidos como os novos sacerdotes e semideuses a serviço de Deus pela intercessão de Deus, são cultuados e idolatrados por todos.
Algo parecido com a roupa do dentista. A terrível dor dente, tratamento de seus dentes, muito mais de positivo na parte da saúde bucal, reflete nas vestimentas dos profissionais de odontologia. Algo parecido também as roupas das assistentes sociais, dos psicólogos, assim, em vários outros sentidos profissionais e sociais.
Nas sociedades muçulmanas, o Shador e outras roupas expressam a pureza corporal feminina. Sem o Shador, as mulheres perderiam suas purezas e seriam violadas por homens tarados. É um simbolismo vestimentar da forte moral islâmica contra a nudez feminina extrema e a erotização do sexo frágil. Indica, na falta, castiga ou mortes físicas.
E até mesmo a condenação das almas femininas ao inferno.
Mais uma condenação humana à nudez.
E toda nudez será eternamente castigada.
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro!

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