quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Maravilhoso artigo do doutrinador José Matos questionando a crise existencial e espiritual dos nossos guias espirituais.

PRECISA-SE DE GUIAS ESPIRITUAIS
Suicídios de pastores, padres desequilibrados chorando no horário nobre da TV, escândalos de yogues. O que está acontecendo? Em primeiro lugar, a preparação ruim. Muitos jovens, "pegos à laço", sem nenhuma vocação, são levados a seminários evangélicos para cursinho rápido de passagens da Bíblia, retórica pra impressionar os ingênuos, e aprendizagem de rituais de culto, casamento e batizado. Muitos são carentes, emocionalmente e materialmente, e quando assumem um rebanho, os escândalos sexuais e financeiros se sucedem. Não há preparação psicológica para o indivíduo autoconhecer-se e vencer às tentações, e não se avalia o grau de vocação. Como são financeiramente remunerados, o que mais importa é o dinheiro e o prestígio, com raras exceções. Ali somente o conhecimento bíblico interessa, conhecimento, em sua maior parte, de homens, de 3 mil anos atrás.
Na Igreja Católica, a preparação é melhor, com muito mais tempo, mas seu grande problema é o celibato, o alcoolismo e a deserção. Alguns seminaristas e freiras, sem condições de se manterem longe de um parceiro ou parceira, na ordenação, juram manter o celibato, que não será possível, gerando conflito e angústia por mante-lo ou não. Acrescente-se a isso o alcoolismo. Quando será que vão acordar para substituir o vinho, causador de dependência, pelo suco de uva? Há ainda o problema da deserção. O assédio aos padres e freiras carentes é de difícil resistência e, por isso, muitos preferem abandonar o hábito e seguir noutra direção.
Há ainda a questão dos Yogues ( alguns tipos ) e monges budistas com boa formação com base no autoconhecimento e voltada também para enfrentar as tentações do caminho, mas como nada é perfeito, alguns sucumbem à elas. Em qualquer denominação, o mais importante é a vocação e, em seguida, a preparação adequada. Para isso, necessita-se de guias que conheçam e ensinem o processo de crescimento, as fraquezas humanas, o conhecimento e superação das tentações, a alegria de servir e autorealizar-se. Para Dalai Lama, o mais importante é o desenvolvimento da compaixão que Santo Agostinho e Confúcio chamavam de AMOR. Amor ao próximo como a si mesmo, como ensinou Jesus.
José MatosA imagem pode conter: 1 pessoa - DF

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