domingo, 24 de março de 2019

Artigo do Blog Professor Tim sobre a crise de reeleição da bancada feminina na Câmara!

Pode haver extinção da bancada feminina na Câmara com a não reeleição das vereadoras?
Antes de começar a responder, faço outra pergunta: quem  faz parte da bancada feminina na Câmara de Nova Russas? 
Respondendo a 2ª pergunta: São quatro vereadoras que formam a importante bancada feminina (mulheres) no parlamento novarussense: 
Casos da decana Socorrinha Holanda (5 mandatos e duas presidências), Izabel Moura (1º mandato), Rejane Tavares e Toinha do Capitão (2º mandato).
A resposta da 1ª pergunta, que é a principal do título acima, não é fácil de responder. Bem complexa a resposta. Mas é bem possível que as quatro vereadoras não consigam mais um mandato legislativo. Os motivos podem ser os mais diversos.
Um deles seria o fato da política ser mais uma ação social mais pública do que privada, o que cria problemas para as mulheres na política. Pela condição feminina de sempre devotadas ao trabalho doméstico e familiar, em que o poder feminino é sempre determinante como rainhas do lar que elas são.
O que as mulheres a confundirem o autoritarismo do espaço doméstico como sendo extensivo ao espaço público político. Basta ver que, quando a Câmara era composta de 7 mulheres (Casa das 7 mulheres ou Casa das 7 briguentas) eram constantes atos de autoritarismo das vereadoras -especialmente de Karla Loiola e de Emília Diogo.
Como se vê hoje com as disputas autoritárias entre as vereadoras Izabel MouraA imagem pode conter: 2 pessoas, tela e área interna, Toinha do Capitão e Socorrinha Holanda.
Outra coisa. Diferente dos vereadores, que são pragmáticos e fazem qualquer coisa por um voto, a moral feminina conservadora não permite determinados atos eleitorais e políticos. Decorrente da mente feminina ser  moralistas na ordem política.
Cada vereadora de Nova Russas tem uma personalidade política masculina como fator determinante de suas ações políticas. Fundamental na eleição e no mandato delas. Antonia Freitas é conhecida como Toinha do Capitão -que é o Major Evandro, esposo dela e principal guru na eleição dela por dois mandatos.
Mesma coisa também ocorre em relação às vereadoras Izabel Moura, Socorrinha Holanda e Rejane -hoje licenciada para que o petista Jorge Mesquita assumisse a Câmara.
Tem mais. As atuais vereadores são de classe média e representam apenas determinados setores profissionais corporativos ou mesmo certos segmentos de um determinado distrito. Não representam os pobres e nem o povão no poder legislativo.
Outra característica delas é o governismo bajulador. Três das quatro vereadoras são governistas ao extremo. Izabel Moura é governista desde a gestão do ex prefeito Paulo Evangelista, apoiou a gestão Gonçalo e agora é líder do governo Rafael Pedrosa na Câmara.
É a submissão patriarcal dentro do Poder Legislativo.
Pesando ainda o fato de serem senhoras casadas, mães de família, que dificulta muito o fato delas fazerem política no dia a dia.
Vale ainda dizer. Por conta do fim das coligações proporcionais, as vereadoras terão que participar de um só partido (pode ser o PDT) para, numa briga de foice, disputarem entre si, tentarem se reelegerem brigando entre elas mesmas para se reelegerem.
Não será tarefa fácil.
Grande o risco, portanto, da extinção da bancada feminina na Câmara.
A Câmara pode virar o Clube do Bolinha a partir de 2021.
Igualdade de sexo na Câmara fica para depois!
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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro!

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