Artigo do Blog Professor Tim comentando artigo de Reginaldo sobre a década política em Nova Russas!

O mais correto seria a década política perdida na suposta transição pós-Marcos Alberto!

Professor/jornalista Reginaldo Silva, em seu "site" (Ceará Notícias) escreveu um artigo com tema parecido sobre o tema acima. A respeito de uma possível transição a ser construída após ascenção e queda do poder de ex prefeito de Nova Russas, Marcos Alberto, segundo ele, eleito em 2008, derrotando a candidata do Grupo EMPA (após 20 anos no poder) e cassado em 2011:

Em 2020, teremos eleições municipais em todo País. Nova Russas vai encerrar um período de transição que já passa de uma década.
Marcos Alberto foi eleito prefeito de Nova Russas em 2008, após derrubar um sistema político, denominado de Grupo EMPA (Empresa de Projetos Agropecuários), formada por um grupo de agrônomos que comandou o município por 20 anos, dando início a um novo ciclo político.
Com a vitória de Marcos, os ânimos se acirram e também teve início uma guerra política que vai culminar com a cassação do gestor em agosto de 2011.

O erro principal de Reginaldo foi caracterizar os governos de Paulo Evangelista, de Gonçalo Diogo, de Rafael como uma busca de transição entre o Grupo EMPA e o modelo político de Marcos Alberto:

O então vice-prefeito, Paulo Evangelista, assume o restante do mandato, sem avanços adminsitrativos em virtude dos resquícios políticos deixados entre os blocos de oposição e situação.
Em 2012, vem uma nova eleição municipal e vence uma terceira via, a população entendeu que aquela guerra não estava fazendo bem ao município. Na época seis candidatos disputaram a prefeitura e o empresário Gonçalo Diogo que tinha como vice-prefeito, Sérgio Brito, venceu as eleições municipais.
Os quatro anos de Gonçalo Diogo foram de calmaria política, sem grandes feitos administrativos, uma vez que os fragmentos dos anos anteriores emperraram o desenvolvimento da máquina pública.
Quatro anos depois, já em 2016, as urnas mandaram outro recado para as lideranças políticas de Nova Russas, queriam renovação completa no sistema político local. Elegeram dois jovens para o comando da cidade. Rafael Pedrosa foi eleito prefeito e Júnior Mano vice.

Não é bem assim. Paulo cassou Marcos, assumiu a Prefeitura e governou Nova Russas com apoio do ex prefeito Acácio, de vereadores Empistas e líderes do Grupo EMPA.

Tentou a reeleição com apoio do Grupo EMPA, apenas não concordou com o projeto familiar de Acácio (2012), de querer eleger a sobrinha prefeita e o filho vice, mas vendo que não ia ganhar, decidiu, por baixo dos panos, facilitar a vitória de Gonçalo -candidato de uma suposta terceira via.

Eleição de Rafael-Júnior, em 2016, Reginaldo, não tem nada de transição, buscando um modelo alternativo. Rafael é filho do Capitão Washington, que sempre viveu dos favores do Grupo EMPA.

Outra coisa. Reginaldo faltou mencionar que a gestão Marcos teve muitas realizações, com obras diversas. Podemos citar: várias passagens molhadas (entre elas, a do Rio Acaraú), inauguração do Mercado do Peixe, reforma do PSF de Canindezinho e do Colégio de Nova Betânia, entre outras.

Divergindo conceitualmente da transição, e apontando uma década política perdida, pergunto ao Reginaldo, em qual das três correntes do município ele está, após união Rafael-Júnior?

"Rebeldes"? "Contentes"? "Expectadores"?

Reginaldo: o espaço é todo seu!

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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro!