domingo, 27 de junho de 2021

Resenha sobre a Republiqueta das Milícias em Rio das Pedras e outras comunidades do Rio!

 Breve resenha sobre a Republiqueta das Milícias em Rio das Pedras e outras comunidades do Rio!
Não vou usar o termo República, até para não destruir o civismo republicano, como fez o jornalista Bruno Paes em seu livreto [A República das Milícias: dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro; Florence, Livraria; 2020), para destacar a história miliciana desde os grupos de extermínio à Le Coc [Escuderie] até milicianos ligados ao Presidente Bolsonaro.
Trata-se, na verdade, de uma republiqueta criminosa. 
Em que policiais reformados fortemente armado, numa versão marginal do Estado Policial, dominou a Comunidade de Rio das Pedras e adjacências (Tanque, Taquara Azul, Vila Sapê), com brutal violência para extorsões, assassinatos e domínios de vários negócios clandestinos: 
Cobranças e vendas por preços abusivos de botijão de gás, água mineral, transporte alternativo; e a famosa 'gatonet' -ou uso ilegal de tv a cabo.
Atuando, ainda, em outros setores econômicos e estruturais nas favelas:
Construção de imóveis em terrenos tomados à força e sem escrituras, ou mesmo derrubada de imóveis; furto de petróleo cru que passa ali vindo da costa fluminense; extração e vendas de terrenos, de pedra e de saibro; comercialização de mercadorias sem nota vindas de contrabando.
E até mesmo a ousadia das ousadias: domínio das torres de telefonia celular para operar em nomes das operadoras.
E, mais recente, expulsando traficantes de várias favelas/comunidades, para também venderem drogas.
Sendo que o Senador Flávio Bolsonaro, quando deputado estadual, condecorou dois milicianos matadores e bem famosos: o Queiroz e o Adriano da Nóbrega, assassinado por seus colegas de farda, possivelmente, como 'queima de arquivo'.
E foi a chegada ao poder do Clã Bolsonaro que colocou as Milicias na berlinda. E atrás das grades, como aconteceram com os milicianos da Liga da Justiça: principal milícia armada de Jacarepaguá e Rio das Pedras.
E piorou muito depois da morte da Marielle.
Está perto do fim a hegemonia das Milícias.
Vitória de Freixo em 2022 será o começo!
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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro!

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