quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Texto recordação de Júnior Bonfim do encontro memorável com Juarez Leitão em Crateús!

 Júnior Bonfim recorda seu encontro com o maior dos poetas e o melhor dos oradores de todas as eras: Juarez Leitão!

Sempre postando recordações de sua produção literária genial, Júnior Bonfim, relembra o dia em que se encontrou na sua Crateús com aquele a quem considera "o maior dos poetas vivos entre os nascidos nos sertões de Crateús e o consagrado orador de uma retórica fenomenal, não sabendo se fala melhor do que escreve, ou se escreve melhor do que fala", caso do intelectual Juarez Leitão.
Perguntando, à la Hemingway, Por quem os sinos dobram?, e sobre a importância de se ter sinos e o repicar deles anunciando a formalidade litúrgica e mitica da concessão de cidadania honorária a Juarez, no colossal Teatro Rosa Moraes.
Na mesma solenidade, conforme registro fotográfico, estavam o estadista conselheiro do TCE, Manoel Veras e o cidadão Castelinho, verdadeiros símbolos da capacidade intelectual e do amor à metrópole Crateús, sua Pátria de todas as horas.
Define-o como a palmeira cultural dos sertões.
Sempre viva a verde a produzir culturas!
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Teatro Rosa Moraes. Ano 2015. Lá estava ele, Juarez Leitão, para receber um diploma de cidadão crateuense e lançar aos ares um dos mais emocionados discursos de todas as suas eras. Prédica pródiga, prenhe de poderosas recordações, serra grande de emoções. Ocupou a tribuna como um senador romano. Ora com a solenidade mítica de quem desfia um rosário, ora com a farta e descomprometida generosidade de um perdulário. Assim exibiu o nosso inventário.

E eu me recordei do dia que o saudei naquele mesmo local sagrado, dizendo: “Penso que falta a este Teatro a presença dos sinos. Sinos, senhoras! Senhores, faltam sinos neste templo ecumênico da cultura crateuense. Como é lindo o repicar dos sinos anunciando e ao mesmo tempo convocando a todos para, com formalidade litúrgica, participarem da solenidade essencial. E se alguém nos perguntasse: por quem os sinos dobram? Diríamos que dobram por Juarez Leitão, o maior poeta vivo dentre os nascidos neste sertão. Sim, porque todos nos postamos, reverentes, ante o brado retumbante da sua verve, fazemos um semicírculo cerimonioso sob o barulho tonitruante dos tambores da sua oratória. Oratória que o tornou laureado no Instituto do Ceará, na Academia Cearense de Letras, na Academia Cearense de Retórica, na Academia Fortalezense de Letras, na Academia de Artes e Letras do Nordeste, na União Brasileira de Escritores e na Associação Nacional dos Professores de História. É difícil precisar se fala melhor do que escreve ou se escreve melhor do que fala. Resplandece como historiador, poeta, cronista, biógrafo e conferencista. Juarez, teu caule é alimentado pela seiva do nosso Juá. E é como um colossal pé de Juazeiro, a palmeira do nosso sertão, que o seu nome eleva a nossa instituição, mantendo-a permanentemente viva e verde”.

(Foto: Júnior Bonfim, Juarez Leitão, Castelinho e Manoel Veras)

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