segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Divino Capitão do Mato: Santo Antonio e o sobrenatural da fé para recapturar escravos fujões!

 Usos diversos de Santo no período colonial escravocrata: de casamenteiro a caçador de escravos fujões!
Li um ensaio do renomado antropólogo Luiz Mott (um entre vários artigos, publicados no livro: (Liberdade por um fio)a respeito do Divino Capitão do Mato , como Santo Antonio era chamado para ajudar a capturar a escravaria fugidia.
Eis que vou fazer um resumo do presente artigo.
Cultuado no santuário católico medieval como santo casamenteiro, o famoso Santo Antonio, com sua palma profética de martírio como missionário de Cristo, no Brasil colonial, não foi bem assim. Era chamado de Divino e santo capitão do mato para, pelo sobrenatural do poder milagroso da fé, encontrar negros e escravos fujões.
O taumaturgo medieval, o martelo dos hereges, o doutor santo evangelho, foi usado aqui, no reforço simbólico das insígnias e medalhas militares de capitão, que, em nome do responso das coisa perdidas, encontraria os escravos hereges fugidos nas matas, para trazê-los de volta à santa cristandade católica.
Mas quando não eram recuperados os escravos, repetia-se:
"Quando Deus não quer, o Santo Antonio não pode".
Tirava-se a culpa dele.
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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro.

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