quarta-feira, 27 de abril de 2022

Crônica superlativa do Júnior Bonfim sobre o Pereirinha!

 Crônica superlativa de Júnior Bonfim sobre o encantamento do Pereirinha!
Na divisão binária entre matéria e espírito com a finitude da primeira, no desencarne segundo a doutrina espírita, ou viagem na linguagem do eufemismo para suavizar os termos mais mortais [morte] para se puder chegar a outra dimensão mais evoluída, para alguns, assim, o Céu, assim fez para se referir à viagem para o metafísico de um amigo dele de longas datas:
Pereirinha, nascido José Pereira de Sousa.
Definia-se, segundo Júnior, na condição de uma pessoa alheia ao figurino convencional do modelo comportamental padronizado, deixando a vida levar, sem egoísmos mercadológicos, imune ao ódio de qualquer natureza, avesso a todo tipo de maldade, cultivando o bem e o amor a todas as crituras.
Seria, numa versão crateuense, o Profeta Gentileza.
Morador solitário do bairro do seu nome, solidário, bonachão, eterno menino que ensinava aos adultos como viver bem com os outros, contra os preconceitos tolos.
Acrescentou o cronista citado.
Expondo nas janelas da convivência as samambaias de leveza e de alegria.
Fica com Deus e o Senhor do Bonfim!
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Hoje, ao despertar, soube a notícia de que um velho amigo fez aquela inevitável viagem para a outra dimensão.

A minha Crateús, acariciada pelo Rio Poty, sempre foi uma cidade prodigalizada com a presença, em suas largas e generosas ruas, de pessoas alheias ao figurino convencional de modelo comportamental.

José Pereira de Sousa, o Pereirinha, era uma delas.

Bonachão, corpulento, solitário e solidário, imune ao ódio, ansioso por um sorriso, avesso a maldades, discípulo da bondade.

Pereirinha foi um ser prestativo, com enorme disposição para servir. Morava sozinho em uma casa no bairro São José, o santo do seu nome. Tinha uma legião de amigos, entre os quais eu figurava. Escondia a idade. Parecia usar isso como escudo para proteger a tenra infância que vivia bailando diariamente em sua alma. Era, de fato, um menino. Menino que lecionava aos adultos que é possível se viver de bem com os outros, de modo desprendido, aberto às novidades, sem cultivar rancores de qualquer espécie, liberto dos preconceitos tolos da política, expondo na janela da convivência as samambaias da leveza e da alegria.
Autor: Júnior Bonfim!

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