quarta-feira, 27 de julho de 2022

Publicando na íntegra artigo de J. B. Pontes sobre o Desgoverno Bolsonaro!

 Mais um excelente artigo de J.B. Pontes sobre o desgoverno fascista de Bolsonaro!

O intelectual João Batista Pontes é uma das maiores inteligências brasileiras e um dos nossos mais politizados agentes públicos. Tem o espaço que quiser em meu Blog, em especial quando escreve artigos criticando o desgoverno e fascista governo Bolsonaro, que vem desmontando o Estado brasileiro e praticando políticas neoliberais e instigando a violência política.
Em mais um artigo brilhante, J. B. Pontes, entre tantas críticas, critica o "Pacote de Bondades" do aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para 600) e outros auxílios criados para compra de votos escancarada, criados em forma emergencial para gerar dúvida no meio do povo e do eleitorado.
Vai mais além. Critica a desova dos recursos do orçamento secreto pelos deputados e os senadores aliados do Centrão pró-Bolsonaro, por meio de obras viciadas em licitações fraudulentas em vários grotões, tirados de setores fundamentais (educação, saúde), com o fito de favorecer a corrupção política e eleitoreira.
Excelente o artigo dele.
Leia com a máxima atenção.
______________________________________________________
Amigas(os), 
Compartilho com vocês mais um artigo de minha autoria publicado pelo site do Jornal Brasília Capital (bsbcapital.com.br). Será publicado também na versão impressa que sairá na sexta-feira – 29 de julho de 2022. Se gostarem, podem compartilhar. 
Peço que todos que se sintam incomodados com os meus artigos por favor me avisem e eu não os enviarei mais. 
Abraços



Os dilemas criados pelo atual desgoverno
J. B. Pontes

O desgoverno Bolsonaro tem se mostrado hábil na criação artificial de dúvidas, que dividem a população e a oposição. 
Um dos mais notáveis foi a criação ilegal do “pacote de bondade” – aumento do valor do programa Auxílio Brasil, de 400 para 600 reais; auxílios mensais de mil reais para caminhoneiros e auxílio para taxista, com valor ainda indefinido, entre outros. Tudo até dezembro do corrente ano, o que escancara o objetivo de compra de votos com recursos públicos. 
Para burlar a lei eleitoral, que veda a concessão de auxílios a menos de três meses das eleições, os seus asseclas no Congresso Nacional aventaram a declaração, via Emenda  Constitucional, de um “estado de emergência” inexistente.
Apesar de ilegal e imoral, a oposição ficou em dilema: quase por unanimidade, votou favorável ao pacotão, para não correr o risco de ser acusada de estar impedindo o “bondoso desgoverno” de ajudar os pobres, o que ele não fez em todo o período anterior. 
O segundo dilema está ocorrendo nas populações de pequenas cidades do interior, onde os parlamentares do Centrão estão desovando os recursos das emendas parlamentares, do orçamento secreto e aqueles outros provenientes do assalto aos orçamentos de órgãos do Poder Executivo, cujo controle lhe foi entregue por Bolsonaro em troca de apoio político. 
Neste último caso, estão o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, a CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, o Ministério do Desenvolvimento Regional e tantos outros.
Nessas comunidades interioranas, está ocorrendo a segunda fase do escândalo orçamentário criado pelo Centrão: a desova fraudulenta dos bilhões de recursos distribuídos aos seus integrantes e aliados.
E aqui precisamos entender alguns aspectos envolvidos:
Os beneficiários desses recursos espúrios – parlamentares e aliados do Centrão - precisam, com urgência, utilizá-los. E o fazem, sem nenhum planejamento, por meio de empresas sob controle deles, mediante licitações direcionadas, superfaturadas e com objetos elegidos por critérios de conveniência política. A preocupação principal deles é a garantia de que parte dos recursos retorne para seus próprios bolsos.
Isso está ocorrendo, por exemplo, com a CODEVASF, controlada pelo Centrão, que vem sendo usada por seus integrantes para desovar os recursos provenientes de emendas parlamentares e do orçamento secreto, mediante licitações fraudadas e superfaturadas, vencidas por empresas de fachada ou sem condições técnicas de realizar a contento os objetos licitados, como vem demonstrando matérias veiculadas pelo Jornal Folha de São Paulo. 
E, com certeza, o modelo fraudulento adotado pela CODEVASF e os beneficiários do Centrão está sendo replicado em várias outras partes do País.
As populações das cidades beneficiadas, eleitas por critérios políticos como receptoras de parte desses recursos, encontram-se em verdadeiro êxtase.
E não se dão conta de que esses recursos que lá estão aportando têm origem desonesta, vez que: 
a) foram obtidos em troca de apoio para aprovação de matérias que prejudicaram os interesses dos trabalhadores e das populações mais carentes, a exemplo das reformas trabalhistas e da previdência; 
b) parte deles é desviada para os bolsos dos parlamentares corruptos beneficiários, mediante licitações superfaturadas; 
c) foram desviados em prejuízo dos orçamentos da educação, da saúde pública e de várias outras áreas de atuação governamentais essenciais; 
d) estão sendo aplicados atendendo unicamente critérios de conveniência política, sem nenhum planejamento; e 
e) a distribuição desses recursos prejudica os interesses de outros municípios, tendo em vista que não está sendo feita, como deveria, de forma igualitária, de acordo com as necessidades de cada um deles, definidas por critérios técnicos. 
Por tudo isso, a população precisa refletir sobre nosso futuro como Nação e nas eleições de outubro não votar em quaisquer integrantes do Centrão (**).
(*) Geólogo, Advogado e Escritor.
(**) Partidos Integrantes do Centrão: PL, PP, Solidariedade, PTB, União Brasil (fusão DEM-PSL), PSD, MDB, PROS, PSC, Avante e Patriota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário