terça-feira, 29 de agosto de 2023

Reginaldo Silva em genial artigo político sobre a Política!

 Reginaldo Silva e a política como arte do inexato, a sabedoria política dos FG e os ensinamentos de Maquiavel!
O intelectual e jornalista Reginaldo Silva novamente nos apresenta uma obra de arte política em forma de artigo. Aquele que pode ser considerado um dos melhores artigos políticos.
Começa explicando a política como ciência do inexato, do impossível. Política da fórmula de não ter fórmula, sem manual de orientação, sem uma regra própria para todos os momentos.
Na política, nem sempre a soma de 2+2=4.
Explica bem o improvável da política no exemplo bolsonarista. Bolsonaro deu certo em 2018, quando não tinha nada de chances, mas perdeu em 2022, quando tinha tudo para ganhar.
Sobre o fato de Camilo e de Elmano, buscando a hegemonia total no cenário político cearense com adesões de direitistas e centristas, publica um conselho sábio do presidenciável Ciro Gomes: "não coloque todos os ovos na mesma cesta, pois pode quebrar todos de uma vez".
E, de Cid, sempre conciliador e do diálogo, vem outro bem conselho: "governe sempre com os aliados e os companheiros mais históricos de sua vida pública".
Um final maquiavélico. Um pensamento de Maquiavel, em "O Príncipe": "É preciso ser Príncipe para conhecer a natureza do povo, mas, é necessário ser povo para conhecer melhor a natureza do Príncipe".
Nem sempre os fins justificam os meios.
É a política segundo Reginaldo Silva.
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A sabedoria que vem dos irmãos Ferreira Gomes. Por Reginaldo Silva



A política é uma arte. O que a torna mais bela é a falta de um manual. Não existe fórmula. O que deu certo hoje, pode não dar certo amanhã. O que parecia improvável, torna-se um sucesso.

Foi assim com Bolsonaro. O improvável que se tornou presidente. Sem apoio, sem partidos aliados, sem tempo de Rádio e Televisão e deu tudo certo. Foi assim em sua reeleição, quando tudo convergia para uma vitória de Jair; agora no Poder e, com partidos aliados, com tempo de Rádio e TV, com todo o centrão apoiando, eis que, quase deu certo.

Não existe fórmula. Digo isto, em respeito aos leitores desta coluna que de quando em vez aparecem por aqui para passar um pouco do tempo. Fiz esta introdução com o objetivo de chamar a atenção sobre os ensinamentos políticos dos irmãos Ferreira Gomes; Ciro e Cid.

Nesta última semana, o Ceará passou por uma intensa movimentação política. Luizianne Lins anunciou pré-candidatura a prefeitura de Fortaleza. Evandro Leitão recebeu carta de anuência do PDT. PSD aderiu a base governista de Elmano. O PL perdeu quatro prefeitos para o PSB. E Eudoro recebeu a missão de comandar o Partido Socialista Brasileiro no Ceará, sob a liderança do filho, o senador e ministro da Educação, Camilo Santana.

Diante do exposto, o PT que já tem a presidência da República e o Governo do Estado tenta ampliar ainda mais esse poder, ora com partidos aliados, ora com centristas, aqueles que não entraram em rota de conflito nem de um lado e nem de outro na última eleição e até com os adversários.

Dito isto, chamo a atenção para três ensinamentos políticos, um de Ciro, outro de Cid e um terceiro de Maquiável.

Em uma de suas entrevistas recentes, Ciro chamou a atenção para que não se deposite todos os ovos em uma única cesta, um evento inusitado pode quebrar todos ovos, acabando com todas as possibilidades de recuperação.

Já o senador Cid Gomes que vem sendo mal compreendido em sua própria sigla, deu uma aula para aqueles que torcem a favor e até para aqueles que são contra sua linha de pensamento. Cid disse recentemente que o ideal é dialogar e governar com os aliados e atrair aqueles companheiros mais históricos que já tiveram juntos em outras batalhas. Deixá-los de lado em detrimento de novos aliados que nunca caminharam juntos, pode ser vantajoso momentaneamente, contudo, o futuro poderá reservar grandes surpresas, por parte daqueles que foram deixados a margem no momento mais importante da caminhada.

Por fim, adaptando o pensamento de Maquiável para os dias atuais da política cearense é imperioso que os partidos não esqueçam a lição do pensador florentino: é preciso ser príncipe para conhecer a natureza do povo, mas, é necessário ser povo, para conhecer a natureza dos príncipes.

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