Empregar o Método Dialético por uma nova História nos 102 anos de emancipação político-administrativa de Nova Russas, utilizando as ferramentas da tese, da antítese e da síntese, ajuda a derrubar teses anacrônicas sobre a velha história local das mentalidades e sem uma reflexão histórica no rumo da historicidade e da micro-história (fatos históricos do cotidiano e da subjetividade).
No sentido da negação da negação e interprenetação dos contrários para uma nova história e suas vertentes: micro-história, teoria histórica das mentalidades, história renovada com novo historicismo revisado e dialético.
Antes de começar, nunca tivemos livros de história novarussense e literatura histórica, apenas alguns raros livros sobre história, mas com uma visão mais autobiográfica.
Começando, pela revisão dialética. Caberia uma revisão histórica de que povoamento teria ocorrido no final do Século XVIII, com as primeiras sesmarias entregues ao Coronel Martins Chaves, dentro do território da Freguesia da Serra dos Cocos e do município mãe de Ipueiras -que ia da Serra da Ibiapaba até a fazenda Bargado (território de Tamboril), embora é preciso de documentos históricos precisos e verdadeiros?
Embora ainda não presente em teses historiográficas, que é dialética esclarecedora dos fatos históricos, comenta-se historicamente de que o nome Nova Russas ser uma homenagem à terra natal do vigário Joaquim Ferreira de Castro, nascido em São Bernardo das Éguas Russas (hoje apenas Russas).
Uma dúvida histórica. Em que parte do território novarussense nasceu mesmo Nova Russsas: dentro da área territorial da Fazenda Curtume (Água Boa) ou naquela casa-fazenda colonial da Rua Quintino Bocaiúva?
Precisa-se de um estudo histórico mais aprofundado para não virar um clichê do senso comum histórico, o fato sobre a doação sobre a doação de terras pelo casal Manoel de Oliveira Peixoto/Manuela Rodrigues de Oliveira não se sustenta.
Se eles doaram as terras, tudo bem, mas há outros doadores das terras onde está hoje situada a geografia urbana e territorial de Nova Russas, como foi o caso de João Lustosa (Capuchu, nascido em Sítio Novo), que teria doado muitas terras para Nossa Senhora e para zona urbana.
Outro revisionismo histórico. Na verdade foram duas emancipações. A primeira emancipação [político-administrativa] ocorrida no dia 11/11/1922.
Mas a emancipação da emancipação, ocorreu mesmo com o nosso verdadeiro emancipador: Carneiro de Mendonça (então Presidente da Província).
No triste episódio da morte por assassinato do 1º prefeito, Antonio Rodrigues Veras, por seu vaqueiro, Cesário Patrício, algumas pessoas do povo foram marginalizadas em relação ao acontecimento. A própria esposa do Cesário, conhecida como Chiquinha, foi uma delas, que tentou salvar o marido do martírio em São Pedro.
Como foi mesmo a passagem da Coluna Prestes em Nova Russas? Antonio Rodrigues Veras foi mesmo o grande herói que recebeu o Capitão Alberto e salvou nosso povo dos revoltosos?
Ou não foi nada disso?
A história do Padre Leitão deve ser contada não apenas do ponto de vista da Teologia da Libertação e do enfoque de ter sido membro do clero conservador católico, mas sobre variados pontos de vista.
Com ajuda do Ferreirinjha, é preciso enfatizar seu lado visionário, quando fundou as Casinhas de São Vicente: precursor do Minha Casa Minha Vida; o Círculo Operário; fábrica de Mosaico; e a Cooperativa de Crédito: nosso primeiro banco.
Graças a Juarez Leitão existe uma literatura e história sobre Monsenhor Leitão, mas não se tem nada escrito sobre o período dos Padres da Teologia da Libertação (Padre Miguel, Padre Osmar, Padre Geraldinho), na passagem por Nova Russas.
Tivemos ou não coronéis em Nova Russas?
Boa pergunta. Tivemos, sim, mas não o coronel no sentido da guarda nacional, ou coronelismo de patente comprada no Império e extinta após a Proclamação da República.
Coronelismo como relação de vassalagem e de domínio autoritário, o melhor exemplo foi do coronel Coronel Arthur Pereira foi um dos símbolos mais fortes do coronelismo local, segundo seus adversários.
Defende se um revisionismo dos ciclos políticos ou não?
Foram vários ciclos políticos. Teve o ciclo Artur Pereira, teve o ciclo do agropeecuarista Antonio Joaquim de Sousa, elegendo vários prefeitos: Dr. Almir, entre outros.
De 30 até 45, período do getulismo e do Estado Novo, nossos intendentes eram nomeados.
Na linha intermediária, após ditadura militar de 1964, houve o ciclo político da família Mourão, período em que os primos José Maria Mourão e Vicente se tornaram prefeitos.
Teve o Ciclo EMPA: ex prefeitos Acácio, Iranede e Chico Rosa -ciclo desenvolvimentista, mas também concentrador e autoritário.
Ciclo dos Azulões, Ciclo dos Diogo, Ciclo dos Pedrosa, Ciclo dos Mano (cujo líder maior é o deputado federal Júnior Mano e a Prefeita Giordanna).
O período parlamentar de grandes progressos durante o mandato do ex-deputado Vanderley e do seu filho, Deputado Bruno, tem que haver um capítulo especial na história de Nova Russas.
E a história da nossa economia, como se deu:
Ainda temos uma economia dependente dos grandes centros industriais em que nosso principais produtos agrícolas (algodão, milho, feijão), praticamente estão com a produção no limite zero.
A nossa economia está praticamente morta. Tudo que consumimos vem de fora: frangos e carnes, alimentos industriais; bens de consumo duráveis (geladeiras, televisores); produtos da construção civil etc.
Acabaram as fábricas de mosaicos, as olarias e as louceiras dos potes de barro; fecharam as serrarias fabricantes de cadeiras e de camas para casais, as sapatarias como a do Seu Odilon (empregando até 20 pessoas: tinha até o time dos sapateiros).
E a a praga do bicudo, importada dos Estados Unidos, encerrou o ciclo econômico e produtivo do algodão,; bem como a indústria sintética acabou com a oiticica.
A participação feminina em nossa história é pouco contada. Tem que ter uma nova história sobre lideranças femininas e feministas que se destacaram nas lutas sociais e pelo empoderamento femininino, nos 102 anos: Dona Raimunda, Irmã Cleide (ativista da Teologia da Libertação), Socorro Abreu (feminista); ex-vereadoras Maria Edite, Sônia Frota, Karla Loiola e outras; ex-prefeita Iranede Veras; Prefeita Giordanna.
Valorização maior dos intelectuais e dos artistas das nossas periferias. Cultuou apenas uma elite intelectual. Esquecendo-se grandes artistas do meio popular: Sanfoneiro Zé Alves, Poeta Alcides, Cantadeira Zefinha; entre outros.
E a história dos movimentos sociais organizados, exemplo dos Direitos Humanos e Associação dos Moradores do Bairro de São Francisco, organizadas pelo grande líder Aírton Simeão, precisam entrar no ensino oficial de história.
Fatos exemplos de construção de uma nova história.
Antes de começar, nunca tivemos livros de história novarussense e literatura histórica, apenas alguns raros livros sobre história, mas com uma visão mais autobiográfica.
Começando, pela revisão dialética. Caberia uma revisão histórica de que povoamento teria ocorrido no final do Século XVIII, com as primeiras sesmarias entregues ao Coronel Martins Chaves, dentro do território da Freguesia da Serra dos Cocos e do município mãe de Ipueiras -que ia da Serra da Ibiapaba até a fazenda Bargado (território de Tamboril), embora é preciso de documentos históricos precisos e verdadeiros?
Embora ainda não presente em teses historiográficas, que é dialética esclarecedora dos fatos históricos, comenta-se historicamente de que o nome Nova Russas ser uma homenagem à terra natal do vigário Joaquim Ferreira de Castro, nascido em São Bernardo das Éguas Russas (hoje apenas Russas).
Uma dúvida histórica. Em que parte do território novarussense nasceu mesmo Nova Russsas: dentro da área territorial da Fazenda Curtume (Água Boa) ou naquela casa-fazenda colonial da Rua Quintino Bocaiúva?
Precisa-se de um estudo histórico mais aprofundado para não virar um clichê do senso comum histórico, o fato sobre a doação sobre a doação de terras pelo casal Manoel de Oliveira Peixoto/Manuela Rodrigues de Oliveira não se sustenta.
Se eles doaram as terras, tudo bem, mas há outros doadores das terras onde está hoje situada a geografia urbana e territorial de Nova Russas, como foi o caso de João Lustosa (Capuchu, nascido em Sítio Novo), que teria doado muitas terras para Nossa Senhora e para zona urbana.
Outro revisionismo histórico. Na verdade foram duas emancipações. A primeira emancipação [político-administrativa] ocorrida no dia 11/11/1922.
Mas a emancipação da emancipação, ocorreu mesmo com o nosso verdadeiro emancipador: Carneiro de Mendonça (então Presidente da Província).
No triste episódio da morte por assassinato do 1º prefeito, Antonio Rodrigues Veras, por seu vaqueiro, Cesário Patrício, algumas pessoas do povo foram marginalizadas em relação ao acontecimento. A própria esposa do Cesário, conhecida como Chiquinha, foi uma delas, que tentou salvar o marido do martírio em São Pedro.
Como foi mesmo a passagem da Coluna Prestes em Nova Russas? Antonio Rodrigues Veras foi mesmo o grande herói que recebeu o Capitão Alberto e salvou nosso povo dos revoltosos?
Ou não foi nada disso?
A história do Padre Leitão deve ser contada não apenas do ponto de vista da Teologia da Libertação e do enfoque de ter sido membro do clero conservador católico, mas sobre variados pontos de vista.
Com ajuda do Ferreirinjha, é preciso enfatizar seu lado visionário, quando fundou as Casinhas de São Vicente: precursor do Minha Casa Minha Vida; o Círculo Operário; fábrica de Mosaico; e a Cooperativa de Crédito: nosso primeiro banco.
Graças a Juarez Leitão existe uma literatura e história sobre Monsenhor Leitão, mas não se tem nada escrito sobre o período dos Padres da Teologia da Libertação (Padre Miguel, Padre Osmar, Padre Geraldinho), na passagem por Nova Russas.
Tivemos ou não coronéis em Nova Russas?
Boa pergunta. Tivemos, sim, mas não o coronel no sentido da guarda nacional, ou coronelismo de patente comprada no Império e extinta após a Proclamação da República.
Coronelismo como relação de vassalagem e de domínio autoritário, o melhor exemplo foi do coronel Coronel Arthur Pereira foi um dos símbolos mais fortes do coronelismo local, segundo seus adversários.
Defende se um revisionismo dos ciclos políticos ou não?
Foram vários ciclos políticos. Teve o ciclo Artur Pereira, teve o ciclo do agropeecuarista Antonio Joaquim de Sousa, elegendo vários prefeitos: Dr. Almir, entre outros.
De 30 até 45, período do getulismo e do Estado Novo, nossos intendentes eram nomeados.
Na linha intermediária, após ditadura militar de 1964, houve o ciclo político da família Mourão, período em que os primos José Maria Mourão e Vicente se tornaram prefeitos.
Teve o Ciclo EMPA: ex prefeitos Acácio, Iranede e Chico Rosa -ciclo desenvolvimentista, mas também concentrador e autoritário.
Ciclo dos Azulões, Ciclo dos Diogo, Ciclo dos Pedrosa, Ciclo dos Mano (cujo líder maior é o deputado federal Júnior Mano e a Prefeita Giordanna).
O período parlamentar de grandes progressos durante o mandato do ex-deputado Vanderley e do seu filho, Deputado Bruno, tem que haver um capítulo especial na história de Nova Russas.
E a história da nossa economia, como se deu:
Ainda temos uma economia dependente dos grandes centros industriais em que nosso principais produtos agrícolas (algodão, milho, feijão), praticamente estão com a produção no limite zero.
A nossa economia está praticamente morta. Tudo que consumimos vem de fora: frangos e carnes, alimentos industriais; bens de consumo duráveis (geladeiras, televisores); produtos da construção civil etc.
Acabaram as fábricas de mosaicos, as olarias e as louceiras dos potes de barro; fecharam as serrarias fabricantes de cadeiras e de camas para casais, as sapatarias como a do Seu Odilon (empregando até 20 pessoas: tinha até o time dos sapateiros).
E a a praga do bicudo, importada dos Estados Unidos, encerrou o ciclo econômico e produtivo do algodão,; bem como a indústria sintética acabou com a oiticica.
A participação feminina em nossa história é pouco contada. Tem que ter uma nova história sobre lideranças femininas e feministas que se destacaram nas lutas sociais e pelo empoderamento femininino, nos 102 anos: Dona Raimunda, Irmã Cleide (ativista da Teologia da Libertação), Socorro Abreu (feminista); ex-vereadoras Maria Edite, Sônia Frota, Karla Loiola e outras; ex-prefeita Iranede Veras; Prefeita Giordanna.
Valorização maior dos intelectuais e dos artistas das nossas periferias. Cultuou apenas uma elite intelectual. Esquecendo-se grandes artistas do meio popular: Sanfoneiro Zé Alves, Poeta Alcides, Cantadeira Zefinha; entre outros.
E a história dos movimentos sociais organizados, exemplo dos Direitos Humanos e Associação dos Moradores do Bairro de São Francisco, organizadas pelo grande líder Aírton Simeão, precisam entrar no ensino oficial de história.
Fatos exemplos de construção de uma nova história.
Que a Nova História seja contada e recontada.
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