segunda-feira, 21 de abril de 2025

Habemus textão do Dr. Júnior Bonfim sobre o Papa Francisco.

Habemus textão de vastos conhecimentos sobre a morte Papa Francisco: autoria é do Dr. Júnior Bonfim. 

A morte do Papa dos Pobre e da Paz, Francisco, habemus textão: Francisco. O título é singular, mas é coletivo de vastos conhecimentos do Dr. Júnior Bonfim sobre o Papa e a Igreja.

Uma cromoterapia energética feito aura. Ou brisa lilás do amadurecimento espiritual e humano do Papa Francisco.

Para dizer: uma pessoa serena que escalou o monte superior da iluminação.

Serenamente, um Papa, Francisco, de povos colonizados.

Um manto de paz com sua túnica lilás.

Ecce homo. 

Exemplo dos exemplos de serenidade.

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FRANCISCO

Francisco fez hoje, vinte e um de abril, a sua escala varonil, a definitiva viagem rumo à celestial aragem.
Os humanos somos, indistinta e ambulantemente, geradores de energia. E essa explosão energética dos nossos corpos, conforme os estudiosos dessa temática, tem cores. Dentre estas, destacam-se a escarlate, que emite larvas de violência, e a lilás, que aponta o ápice do amadurecimento espiritual.
Pessoas há que, desde o primeiro contato, nos envolvem em uma oceânica e contagiante onda de luz e paz e bondade e amor. São pessoas especiais, de peito estrelado, de alma generosa, coração comunitário, mente de arco-íris, veias abertas, fronte lunar e elevado espírito solar.Assemelham-se a uma brisa suave. Possuem aura... Aura, segundo a radícula etimológica do Latim, é exatamente “vento brando, brisa”.
Suponho que a maioria das gentes que assistiu, naquele março de 2013, ao anúncio do novo Papa, se sentiu arrastada pelo magnetismo de sua aura. O argentino Jorge Mario Bergoglio, filho do ferroviário Mario Bergoglio e da dona de casa Regina Maria Sivori, encantou o mundo instantaneamente com a serenidade do seu despojado ser. Esta é uma característica das criaturas que escalam o monte superior da iluminação: são serenas. Como a brisa que faz contraponto ao vento forte – e, por isso, une ao invés de espalhar - o sereno destoa da enxurrada chuvosa.
A serenidade geralmente se revela no olhar. O olhar da pessoa serena, que conheceu o cume do amor verdadeiro, é diferente do olhar fugaz do apaixonado, que possui um brilho mesclado de inquietação e ansiedade.
Quando, após o tradicional anúncio Habemus Papam, emergiu na janela da Basílica do Vaticano a figura do primeiro bispo de Roma nascido na América Latina, um enorme silêncio se fez, um silêncio solene e cerimonioso, respeitoso e reverente. Aquele mutismo, no entanto, era extremamente ruidoso: carregava a efervescência indescritível do ineditismo. Era como se a roda grande estivesse passando por dentro da pequena: o trono mais elevado do poderio religioso católico estava sendo ocupado por um representante dos povos colonizados pelos europeus.
O novo Papa mostrou que veio, também, para surpreender. Oriundo da Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada pelo espanhol Santo Ignácio de Loyola em 1534, Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome papal de “Francisco”, em homenagem ao aureolado Santo de Assis, aquele a quem Dante Alighieri se referiu com uma “luz que brilhou sobre o mundo”. São Francisco, carinhosamente chamado pelos italianos de “O Pobrezinho”, foi indubitavelmente o mais completo dos santos. Filho de um rico comerciante, abandonou a via larga da abundância e da extravagância, do luxo e da luxúria, pelo caminho estreito da beleza, do sofrimento e da pobreza.
O Papa Francisco fez muito com seu estilo de homem da paz: envolveu-nos com o manto de sua aura lilás. Destaque-se o seu principal templo: educou-nos com o seu exemplo, o paradigma que espanca o enigma. Eis, à Albert Schweitzer, a sua mais estupenda túnica: “o exemplo não é a melhor forma de educar, é a única”.
(Júnior Bonfim)

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