sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Professora-Educadora Karla Loiola questiona derrubada de muro nas escolas diante da escalada da violência urbana.

Karla Loiola questiona derrubada de muros nas escolas.

O recente massacre numa escola e Sobral, quando dois alunos foram massacrados no alambrado da escola, reacendeu um antigo debate entre educadores e pedagogos. A escola deve ter muros (visão conservadora) ou não deve ter muros: visão libertária escolar.

Karla, que é de grande competentência educacional, inteligentíssima e uma das mais preparadas professoras-educadoras de Nova Russas, em artigo maravilhoso e bem didático sobre a questão, questiona a substituição dos muros por alambrados.

Afirma que os alambrados, diante de avassaladora escalada de violência urbana, traria menos segurança para alunos e professores..

Lembrou da ação da gestão municipal em Nova Russas, quando derrubou muros e construiu alambrados nas várias escolas municipais.

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Muito se discute sobre a derrubada de muros escolares e a substituição por alambrados. De fato, à primeira vista, trata-se de uma proposta atraente: amplia a visibilidade, dá um ar moderno às instituições e transmite a ideia de maior integração entre a escola e a comunidade. Esteticamente, não há dúvida de que os alambrados embelezam o espaço.

No entanto, precisamos refletir: até que ponto essa prática é positiva em um cenário como o que vivemos hoje? Se estivéssemos em uma sociedade marcada pela paz, pelo respeito e pela valorização da vida, talvez fosse uma escolha belíssima. Mas a realidade é outra. A cada dia nos deparamos com episódios de violência em locais que deveriam ser sagrados: as escolas.

Um exemplo doloroso ocorreu em Sobral, nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025, quando alunos foram mortos a tiros dentro do ambiente escolar. Os disparos partiram de fora para dentro, justamente através das grades que, em vez de proteger, expuseram vidas inocentes. Além disso, o alambrado facilita a entrada de armas, drogas e até de pessoas não autorizadas, transformando a escola em um espaço vulnerável.

Em Nova Russas-CE, a atual gestão seguiu a mesma prática do governo do Estado: derrubou muros e ergueu alambrados. No entanto, não houve investimento proporcional em segurança. Essa decisão, na prática, deixa alunos, professores e funcionários expostos a riscos que não podem ser ignorados.

É preciso deixar claro: defender muros mais altos ou estruturas sólidas não significa querer isolar a escola da comunidade. Significa, antes de tudo, zelar pela segurança de todos que fazem parte dela. A escola deve ser um espaço de acolhimento, mas também de proteção.

Assim, defendo que antes de transformar os muros em grades, devemos construir condições reais de segurança: vigilância, políticas públicas de prevenção à violência, acompanhamento social e psicológico. Só então poderemos sonhar com escolas abertas e integradas, sem medo de que essa abertura custe vidas.




4 comentários:

  1. Massacre?!! Acerto de contas de traficantes professor Tim. Eram bandidos com uniforme de estudantes. Não é muro que resolve não, é gestão!

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    1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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    2. O comentário acima (massacre?ii) revela um certo discurso bolsonarista extremista da violência pela violência, de cancelamento de CPF, de naturalizar as mortes de pessoas que, supostamente, estariam envolvida em atividades ilegais ou criminosas.

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  2. Escola é essa que os alunos vendem droga,cadê os funcionários da escola que não viram que a escola estava funcionando boca de fumo.

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