Em plena Semana Santa, cujo dia maior é a Sexta da Paixão de Cristo, Jesus Cristo é morto e assassinado diariamente no mundo contemporâneo em que vivemos.
Não mais a morte física da crucificação ocorrida há mais de dois milênios, mas de maneira simbólica e religiosa. Suas doutrinas, sua fé e seus dogmas estão sendo mortos por seculares e pelos próprios religiosos.
A própria semana santa não é mais semana santa. Resume-se apenas a sexta feira (da paixão), em que há um pequeno respeito à memória do filho de Deus que morreu por nós.
Cristãos e religiosos, e a maioria da população, comem carne vermelha, praticam atos não cristãos, não cumprem o ritual sagrado da Paixão e Morte de Cristo
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A própria ressurreição de Cristo, a famosa Páscoa, transformou-se num espetáculo comercial de ovos de páscoa e outras iguarias profanas. E a tradição de Judas, que era bem religiosa sobre o traidor de Cristo, está secularizada demais.
Secularizadas mesmo estão alguns instituições laicas e que não aceitam mais nem a imagem e o crucifixo de Cristo em suas paredes.
Parlamentos, governos e faculdades estão proibindo o uso da imagem e do crucifixo do maior santo da história da humanidade -filho de Deus que se fez carne e habitou entre nós.
Outro grupo laico, as feministas essencialistas (lésbicas) de Esquerda acusam Cristo de ser machista patriarcal, de conservadorismo religioso e de assédio sexual contra Maria Madalena, a ponto de profanarem sua imagem durante parada do Orgulho Lésbico e Gay.
Onde não profanam sua imagem, profanam suas doutrinas e seus legados, dentro do próprio segmento cristão. Valdemiro Santiago, chefão da Igreja Mundial do Poder de Deus, e Agenor Duque -líder máximo da Igreja Plenitude de Deus-, se auto-nomearam Apóstolos neo-pentecostais de Cristo e realizam os mesmos milagres de Cristo.
O que, no mínimo, é acabar com o Novo Testamento e com a própria história dos 12 apóstolos de Cristo, entre eles São Pedro -fundador da Igreja Católica.
Não como apóstolos, mas como bispos e pastores de outras igrejas pentecostais e neo-pentecostais, vários outros também se utilizam dos milagres de Cristo em nome da Teologia da Prosperidade -dizendo que a fé em Cristo e neles faz os crentes ficarem ricos.
Tudo, menos o que Cristo pregou!
Outra teologia originada do Cristianismo, a Teologia da Libertação, transformou Cristo num revolucionário armado com fuzil Kalashnikov e pregando a ditadura do proletariado e o comunismo ateu.
O próprio Papa Francisco, vigário de Cristo na Terra, parece comungar de tal heresia da Teologia da Libertação. Em encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales (índio cocalero), aceitou de bom grado uma imagem marxista de Cristo com os símbolos do proletariado: foice e martelo
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Os símbolos, as roupas, os idiomas e tudo mais da época que pregava suas parábolas de amor na Terra, estão abandonados na igrejas cristãs. Os religiosos do Cristianismo não falam mais hebraico e vestem paletós suntuosos diferentes das roupas simples de Cristo.
Isso dentro do próprio Cristianismo, quanto mais no Islã fundamentalista acusando Cristo de ser um infiel e inimigo satânico do califado islâmico.
É a comprovação da 2ª morte simbólica, doutrinária e teológica de Cristo.
E se ressuscitar e vier pela 2ª vez à Terra dos 7 pecados capitais e do capitalismo global, será morto novamente.
Morto 70 vezes 7!
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Autor da dissertação: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
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