quarta-feira, 5 de abril de 2017

Verdadeira linguagem 190.

Breve texto virtual sobre a linguagem policial dos plantões policiais 190!
Sempre nos finais de semana, são divulgados em certas midias policialescas e repressoras, os chamados plantões policiais 190. 
Plantões policiais que noticiam os fatos policiais mais bizarros das prisões diversas de marginais comuns de nossa região.
São divulgados prisões em flagrante dos crimes mais diversos: furtos, assaltos, latrocínios, lesões corporais, homicídios e outros crimes dolosos contra a vida humana.
Mas o que chama mais atenção nos plantões policiais é a virulência da linguagem policial. Uma linguagem bem técnica e operacional do linguajar policial. Modo de falar dos policiais civis e militares.
Qualquer fato criminoso ou delituoso é chamado de sinistro, sendo que os autores materiais [criminosos] são recolhidos os devidos procedimentos legais e lavraturas diante da autoridade policial. 
'Flagranteados' pela prática delituosa.
Os marginais comuns são chamados de meliantes, de delinquentes, de indivíduos e de outros termos.
Quando os meliantes não trabalham em nada, são chamados de desocupados pelos homens da Lei que lhe dão voz de prisão. E quando os meliantes morrem é porque não resistiram aos ferimentos.
Perseguições a bandidos são chamadas de diligências, e lograr êxito é o mesmo que capturar os fora da Lei. Já bater em mulher incorre em infração à Lei Maria da Penha.
Coisa furtada é subtraída. Briga continua sendo vias de fato. Arranhões são chamados de escoriações. Espingarda manual é socadeira e revólver 38 é sempre do cano longo. 
Mas para terminar.
Vulgo é sempre vulgo.
Não muda nunca.
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e estudioso das várias Linguagens da Humanidade.

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