Muito bom quado os próprios leitores sugerem pautas e assuntos a serem postados. A leitora do meu Blog, Leonice Feitosa (popular Leo), sugeriu a seguinte postagem a respeito do futuro presidencial de do presidente Michel Temer:
Professor Tim, acho bacana também uma matéria sobre sua visão em relação a possibilidade do presidente Temer concluir ou não até o final do mandato.
Leonice pediu a minha visão, meu ponto de vista a respeito de Temer concluir ou não seu mandato presidencial. Vou fazer com base numa visão bem pessoal, subjetiva, mas sem tomar partido ou ficar do lado de alguém.
Pois bem.
O hoje presidente Michel Temer, a quem os petistas/comunistas dizem ser um vice sem votos e golpista
, ganhou a Presidência da República após Impeachment de Dilma Roussef pelo Congresso, em 2016.
O Impeachment de Dilma aconteceu por culpa dela mesma. Dilma Roussef não agiu politicamente. Brigou com o Congresso e com as principais bancadas partidárias e ideológicas (bancada evangélica, bancada do agronegócio, bancada dos grandes partidos: PMDB, PSDB, PTB e outros).
Sem base no Congresso e com as brigas, e enchendo seu ministério de petistas-comunistas e de feministas radicais intolerantes, Dilma Roussef ficou isolada e sofreu Impeachment.
Perdeu o cargo de "presidenta" por tudo isso e porque Temer se articulou muito bem, até por ser um político profissional de longa carreira: algumas vezes deputado federal e presidente da Câmara, vice presidente duas vezes, ministro em alguns ministérios etc.
Muito mais experiência política do que Dilma, que nunca tido nem vereadora, antes do Lula fazer a loucura de elegê-la presidente. É a experiência política que fez Temer chegar à Presidência e vai permitir ele concluir seu mandato presencial.
Concluir o mandato por várias razões.
1ª. Temer é também jurista e advogado de renome. Essa condição o faz respeito dentro dos tribunais superiores, como no TSE. O ser humano tende a ser corporativo e de se fechar na sua classe social, e Temer por entender de Direito e de Leis, agrada os juízes e ministro do Judiciário.
A condição de jurista pode levar a que Temer também seja absolvido da denúncia do Procurador Geral da República, Janot, que o acusa de organização criminosa e outros crimes, a partir de uma fita gravada pelo bandido da JBS: Joesley.
2ª. Base política e partidária de Temer continua muito forte no chamado toma lá, dá cá de favores e de negociatas que o Temer, como um indivíduo criminoso, sabe fazer muito bem. Os maiores partidos do Congresso Nacional estão apoiando o governo Temer: PSDB, PMDB, PTB, PR, PSC, entre outros.
Um detalhezinho.
Temer, que é político profissional, elegeu Rodrigo Maia para presidente da Câmara e o senador Eunício para presidente do Senado.
Vale dizer: nenhuma CPI ou pedido de Impeachment será aberto.
3ª. As ações políticas e administrativas de Temer agradam os setores econômicos e sociais que financiam e apoiam os deputados federais, senadores e lideranças de tais partido. Temer faz um governo conservador que dá muito aos bancos, privilegia a Fiesp e outros setores empresariais, adora o Agronegócio e apoia iniciativas das bancadas evangélicas e conservadoras.
4ª. O ministério de Temer tem ministros
que agrada banqueiros e o agronegócio, o setor empresarial do agronegócio, os evangélicos e católicos, o setor privado da saúde, os nacionalistas etc. etc. etc.
Mais. Para agradar tais setores, o presidente Temer privatiza o quanto pode, entrega nossas riquezas para o capital externo (pré-sal, bancos estatais, reservas de minerais estratégicos), tenta aprovar as famigeradas Reformas da Previdência e Trabalhista, dá bilhões para os bancos e para as operadoras internacionais (TIM, CLARO).
Tudo isso para agradar o capital financeiro e as multinacionais das chamadas grandes potências, leia-se Estados Unidos e algumas nações da velha Europa. Países imperialistas que querem Temer até o final do seu mandato, pois ele é um presidente da direita neoliberal, privatizante e entreguista do nosso país.
Agora uma dúvida.
O certo é que Temer fica até o final do mandato, com apoio dos ricos e poderosos do Brasil e dos gigantes imperialistas, mas resta uma pergunta:
Será candidato à reeleição?
Acredito que não.
O presidente Temer deve apoiar um eventual candidato do PSDB em 2018, como fez Itamar em 1994, quando apoiou FHC.
A história se repete como farsa e tragédia.
Não sei se respondi bem à belíssima Leonice.
Mas ela tem todo o direito de contraditar!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
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