No imaginário humano, a morte e o inferno tem muitos símbolos presentes nos seres humanos vivos ou mortos. Bem ou mal, os grupos de elite das Polícias Militares no Brasil (Força Tática, Raio, Cotar, BOPE, ROTA e tantos outros) usam símbolos da morte ou dos quinto dos inferno para produzir terror a favelados e intimidar marginais comuns.
O BOPE, grupo de elite e dos mais violentos da violenta Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), quando chega nas favelas e nos morros cariocas, diz que estão chegando os diabos de preto para levar as almas dos bandidos e dos favelados cariocas para a condenação eterna do inferno.
A matança como banalização da morte dos filhos terrenos de Lúcifer. Questionável ou não, o símbolo sagrado do BOPE é uma caveira simbolizando a morte
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E o vestuário, com roupas grossas e com um colete poderoso, os policiais e oficiais do BOPE usam sempre a cor preta -que, queiram ou não, simboliza a cor oficial do mundo do inferno e do Lúcifer -poderoso chefão.
Isso expressa o quê? Expressa que os militares extremistas do BOPE, dentro de um imaginário religioso e policial de cruzada, identifica os criminosos e as populações das comunidades periféricas do Rio e de outras cidades brasileiras, associadas ou não à criminalidade, como pecadores sem salvação e vão direto para o inferno.
Uma mistura de fundamentalismo religioso com teocracia estatal de que os soldados do BOPE são iluminados de Deus e representariam o bem celestial contra o mal infernal na Terra. Isso dá licença para que possam exterminar populações pobres e os marginalizados, porque estariam fazendo uma limpeza étnica e social de tudo que não presta, como fazem sempre ao matarem tantos civis.
Dentro daquele mantra ideológico das PM e dos grupos de extrema direita: "bandido bom é bandido morto!
E que suas almas fiquem no inferno!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
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