- Terminou o processo de desligamento, mas a pobrezinha há 6 horas está dominada por terrível pavor. E apontando a entidade próximo a ela, esclareceu: aquele é o noivo que à espera hà muito tempo. Aproximamo-nos um tanto e ouvimo-lo exclamar, carinhosamente:
- Cremilda! Cremilda! Vem! A jovem, todavia, cerrava os olhos, demonstrando não querer vê-lo. Aniceto, chamou o rapaz e ensinou: é preciso atende-la de outro modo. Aproximou-se da moça e falou com inflexão paternal:
- Vamos, Cremilda, ao novo tratamento: A moça abriu os olhos espantadiços e exclamou:
- Ah, doutor, graças a Deus! que pesadelo horrível! Sentia-me no reino dos mortos, ouvindo meu noivo, falecido há anos, chamar-me para a eternidade!...
- Não há morte, minha filha! - objetou Aniceto, afetuoso - Creia na vida, na vida eterna, profunda, vitoriosa!
- É o senhor o novo médico? indagou confortada.
- Sim. Torna-se indispensável que durma e descanse. A moça dormiu e foi entregue ao noivo que saiu volitando (voando) a carregar consigo o fardo suave do seu amor.
- Como veem a ideia da morte não serve para aliviar, curar ou edificar. É necessário difundir a ideia da vida vitoriosa. Aliás, o Evangelho nos ensina que Deus não é Deus de mortos, e sim o Pai das criaturas que vivem para sempre.
Do livro " OS MENSAGEIROS

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