terça-feira, 22 de maio de 2018

Artigo do Blog Professor Tim sobre o total isolamento político do coronel Tasso e do seu general-candidato!

Coronel Tasso isolado no labirinto do general sem tropa política apoiado apenas pelo capitão da reserva!
A decisão maluca do coronel Tasso Jereissati de impor a candidatura do anti-político e general reformado do Exército, Theophilo, como candidato a governador do Ceará, como tragédia política, relembra um título da ficção literária do Nobel de Literatura Gabriel Garcia Márquez
"General em seu labirinto", em que Márquez relatou o isolamento do general Simón Bolívar na sua irracionalidade de querer unificar as Américas sozinho, morrendo de tuberculose saudado apenas por uma prostituta: "vai com Deus, fantasma".
A ficção de Garcia Márquez encontra eco e praticidade no isolamento do coronel no labirinto político do  seu general candidato, Theophilo, lançado ontem em Fortaleza dentro do Iguatemi por Tasso e que resultou na adesão de políticos importantes da oposição à reeleição de Camilo e aos Ferreira Gomes.
Autoritário, primata em política, combinado com os FG, Tasso facilitou a reeleição ao lançar o general contra a pretensão de Domingos Filho e de outros disputarem cargos majoritários importantes: governador ou senador. Como a raiva que vale na política é a mais recente, Domingos Filho esqueceu a raiva de Camilo e dos FG do episódio criminoso do fim do TCE apenas para prejudicá-lo, aderiu de mala e cuia, ele e seu grupo político (filho deputado: Domingos Neto e a mulher Patrícia)A imagem pode conter: 5 pessoas, incluindo Artur Melo, pessoas sorrindo, pessoas em pé, para o esquemão Camilo-FG-Eunício.
#Retorno de Domingos ao governo Camilo é fato da política dinâmica e é aceitável, mas é criticado por culpa mais de Camilo e dos FG. Foi um erro primário e primitivo político, fruto da forma intolerante e sectária dos FG, deles em extinguir o TCM apenas para retirar Domingos da corrida sucessória#
Uma forma sectária e de seita de fazer política. Não precisava ter feito isso. Domingos voltaria normalmente, até pela intolerância de Tasso.
Não sei como os cearenses endeusam politicamente esse tal de Tasso. Lançar um general da fronteira do Amazonas, mais preparado para a guerra e para o enfrentamento com as FARC, sem qualquer experiência política, nunca nem suplente de vereador, foi o pior ato político da história.
Um ato político irracional de Tasso. 
O General Theophilo só tem o apoio partidário do PSDB e do minúsculo PROS -hoje sob o comando do deputado estadual, Capitão Wagner. Dois partidos hoje isolados em torno de um general forasteiro e que conhece a classe política cearense.
Não se sabe porque Tasso fez isso, mas levanto várias hipóteses. Uma delas é a de que Tasso ainda pode ser o candidato ao governo, podendo o general Theo (sobrinho do coronel César, filho de uma irmã dele) ser o vice. Fato assim aconteceu em 1994 quando Tasso se lançou governador com o Moroni na vice.
Outra hipótese é de que Tasso estaria combinado com os FG para garantir mais uma reeleição de Camilo, como fez em 2010 ao lançar a fraquíssima candidatura de Marcos Cals para facilitar reeleição de Cid Gomes, mas caiu do cavalo: derrotados o Marcos para o governo e ele rodou feio para o Senado.
Corretas ou não as hipóteses, o candidato de Tasso ao governo está sofrendo o pior isolamento político da história pelos principais líderes e caciques da política cearense, que relembra o isolamento político dos coroneis quando disputaram contra Tasso, em 1986.
Com os apoios da grande maioria dos prefeitos, dos deputados estaduais e dos deputados federais, Camilo tem tudo para se reeleger e ainda eleger os dois senadores da sua chapa majoritária -podendo ser Cid Gomes e uma disputa entre Eunício e Domingos pela outra vaga.
Mas política muda muito. Quem não sabe uma candidatura de Cid para o governo e de Camilo ao Senado ao lado de Domingos Filho, apoiados por vários partidos políticos: PDT, PT, PSB, PSD e tantos outros -formando uma das maiores alianças políticas de todos os tempos.
Tudo para e pelo dinamismo absoluto da política.
Dinamismo político que faz muita falta a Tasso e seu general.
Um general sem votos e sem tropa política!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro!

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