Tese do Blog Professor Tim a respeito dos rituais da morte superando os rituais da vida.

A tese é: O rito e o ritual da Morte superam a ritualidade da vida nas sociedades humanas!

A morte atinge a todos e é um rito ritualizado mais forte do que os ritos da vida e e da existência. Sem mais, que o filósofo Augusto Comte, fundador e mentor intelectual do Positivismo, disse que a morte e os mortos governavam cada vez a vida e os vivos.

Morto muito jovem, o filósofo Novalis é autor de uma frase que se equivale muito ao titulo central da tese acima:

Freud (Papa da Psicanálise) falou em Pulsão da Morte vencendo a Pulsão da Vida, José Martí (revolucionário de Cuba) disse que a morte era uma vitória, e Kant disse (...)que valia a pena morrer como parte da vida.

Frases filosóficas, que, de uma forma ou outra, colocam a morte como superior à vida, nem menos, por aqui, relembrando a doutrina espírita da reencarnação.

Para se ter ideia da força da morte, tem até o Dia dos Mortos (Dia da Morte: 2 de Novembro). 

Quando morre uma pessoa, por ex., decreta-se até ponto facultativo e bandeira a meio mastro por três dias oumais; e as pessoas deixam de exercer suas atividades desde os funeral até o enterro.

As regras sociais, a vida privada, a intimidade  deixam de funcionar/existir quando falece alguém. Presentes ao velório do falecido vão a todas as dependências da residência, até mesmo no quarto de dormir e outros ambientes privados para prestarem solidariedade a quem morreu.

Tem mais. Dívida dos mortos são perdoadas, inimigos se tornam amigos em velórios, ricos e pobres esquecem as diferenças de classe. E até todos choram pela alma do ente querido que foi para outro plano.

Uma morte pode decidir uma eleição ou impedir um golpe militar. O corpo morto de Chávz, insepulto nas ruas de Caracas, deu a vitória a Maduro. E a morte de Getúlio impediu o golpe dos militares em 1954.

A morte também gera capitalismo comercial. as funerárias lucram muito com seus planos funerários, lojas vendem e lucram com a vende de  seus tecidos para mortalhas e outros apetrechos etc.

Nas Casas Legislativas, são muitas as sessões solenes (fúnebres) para se celebrar tantos e quantos anos de morte de alguma personalidade que tenha morrido há década ou há séculos.

Exemplos de ritos e de rituais da morte superando os ritos da vida!

Mas o problema é que todos morrem de medo de morrer!

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Autor da tese: Professor Tim é cientista político e blogueiro!