domingo, 30 de setembro de 2018

José Matos é um intelectual de Esquerda e um dos mais consagrados facilitadores/doutrinadores Espíritas do Brasil. Vem agora publicar um texto magnífico sobre as várias gerações espíritas.

AS TRÊS GERAÇÕES DE ESPÍRITAS - 1ª GERAÇÃO: Reencarnou entre 1857 e 1930. Obreiros da caridade - superação da culpa. Sedentos por sossego interior diante dos golpes duros da culpa. Encontrou estímulo para caminhar por meio de obras sociais de largo porte e no contato marcante com o mundo espiritual por meio de materializações, curas e fenômenos raros na mediunidade. Essa geração estabeleceu o período de caridade e do socorro espiritual no seio da comunidade espírita. Chico Xavier, reencarnou nesse grupo com objetivos sublimes de ser referência moral e para incentivar a fé na imortalidade da alma. Ele sensibilizou os espíritos que foram direcionados a regressar ao Brasil. Sua presença marcante e mediunidade modeladora dos costumes cristãos foram farol de iluminação, uma força de libertação voltada para assuntos do Evangelho do Cristo. 2ª GERAÇÃO: Modeladores do pensamento - vitória sobre o orgulho. Composta por espíritos com dilatada capacidade de zelo filosófico. Seu senso de fidelidade é acompanhada por comportamentos de rigidez e acentuada soberania nos pontos de vista. Almas com profunda sede de saber, embora com os corações ainda aprisionados ao sentimento de orgulho e vaidade. Carregavam compulsiva necessidade de reconhecimento, baixa autoestima e uma acentuada tendência para atitudes do EGO que se manifestam com o conhecimento e o volume de informações espirituais. Muitas vezes se deixaram levar por concepções de grandiosidade espiritual. 3ª GERAÇÃO: Construtores de relacionamentos - desenvolvimento e aplicação do afeto. Começou a regressar ao Brasil por volta de 1980. Alguns deles são espíritas que já estiveram na primeira ou na segunda geração atuando como servidores preparados para trabalhar por conceitos mais universalistas. Essa terceira geração tem por tarefa o desenvolvimento da afeto e a humanização, buscando ir além dos movimentos sociais e dos estudos. Priorizam o relacionamento afetivo e a fraternidade legítima. Trazem na alma uma sede de conexão humana, de proximidade relacional. A humanização é a bandeira na qual o afeto ganhe expressão de valor essencial na qual a soberba e a rigidez sejam superadas pela cortesia e amabilidade, ternura e alteridade. Do livro " AMOROSIDADE - a cura da ferida do abandono", de Wanderlei Oliveira/Ermance Dufaux.
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