domingo, 31 de março de 2019

Coluna do Blog Professor Tim condenando e nada a celebrar da ditadura militar de 1964!

Nada a celebrar nos 55 anos do golpe militar de 1964, mas tem o Bolsonaro com uma grande obsessão de ser o 6º General Presidente da ditadura militar!
Há exatos 55 anos (31 de março/1964) o Brasil vivia uma das páginas mais sombrias e das mais negras da sua história. Numa mistura de golpe com quartelada sob o comando do General Olímpio Mourão Filho, um oficial reacionário de Minas Gerais, o então presidente João Goulart era deposto e depois exilado para o Uruguai.
Não há nada ou pouco a comemorar sobre o regime/ditadura militar, que durou exatos 21 anos -até cair sem apoio popular em 1985, com a eleição de Tancredo Neves como 1º Presidente civil eleito pelo Congresso -ainda hoje sob suspeita de ter sido morto para não assumir.
Mas o Presidente Jair Messias Bolsonaro (PSL)Resultado de imagem para fotos imagens de bolsonaro e de outros presidentes da ditadura militar, que foi membro do Exército durante a ditadura militar e chegou ao posto de Capitão do Exército, pensa o contrário. Bolsonaro entende que a ditadura militar precisa ser rememorada e celebrada.
Faz isso por razões ideológicas que beiram o fanatismo e a lavagem cerebral. Bolsonaro, ou Bozo para os petistas sectários, longe de ser o mito, botou na cabeça que o regime militar foi a vitória contra o comunismo e a invasão russa no Brasil.
Falo isso revivendo a guerra fria dos anos 60. Não existe mais isso. Citando sempre a falta de liberdades dos regimes totalitários de Esquerda e os milhares de mortos nas prisões dos regimes comunistas ao longo do Planeta: stalinismo na Rússia, maoísmo na China, paredón de fuzilamentos em Cuba dos irmãos Castro.
Não foi muito diferente no Brasil da ditadura de 1964. Há estatísticas que, entre outros e desaparecidos, foram mais de 500 ativistas, guerrilheiros e membros de organizações revolucionárias de Esquerda: VPR, Var-Palmares, MR-8, entre outros, que também matavam e torturavam -mas em menor escala do que o terror de Estado.
Muitas vezes, sob o terror da tortura do DOI-CODI e do bandido do delegado Fleury, presos políticos eram torturados até a morte, como aconteceu com o jornalista (judeu) Vladimir HerzogImagem relacionada-depois se inventando a versão mentirosa de que ele teria se suicidado.
Outro motivo para Bolsonaro rememorar o regime de força, segundo ele, é que não existia corrupção. Pura mentira. Corrupção existia, sim, e muita corrupção. Foram registrados centenas de casos de corrupção com bilhões sendo roubados pelos milicos. 
Só que a imprensa não podia divulgar. Os jornalistas ou eram censurados, ou eram mortos.
Até mesmo nas grandes obras cantadas em prosa e verso por Bolsonaro no Brasil Grande (Ame-o ou deixe-o), como a Ponte Rio-Niteroi ou a Transamazônica -aconteram casos graves de corrupção. Existe a denúncia de que muitos operários morreram sob o cimento e não receberam seus direitos trabalhistas.
Para Bolsonaro, entretanto, nada de negativo aconteceu na ditadura. Ele tenta uma nova narrativa. Reescrever a história escrita pelos intelectuais esquerdistas. Razão que seu governo seja mais próximos dos governos dos generais presidentes do que outro presidente.
Existe uma obsessão total dele de ser o 6º General como Presidente da República, eleito em 2018. Pelas primeiras ações e pelos primeiros atos no Palácio do Planalto determinam um rumo militarista de tentar instalar novamente a ditadura de 1964:
Seu governo tem cerca de 10 generais em ministérios importantes. Seus tecnocratas lembram nomes do regime: Roberto Campos Neto, e um deles. Começa a construir colégios e escolas militares. E agora determinou rememorar a data do golpe.
Só falta refundar o DOI-CODI!
Não vai demorar a tentar, mas não vai conseguir, porque nada a celebrar da ditadura militarA imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto.
Ditadura, Bolsonaro, nunca mais!
Militarismo de 64 continua...
O chamado entulho do autoritarismo ainda não foi varrido para o lixo da história. Os autos de resistência seguidos de morte, que permite que alguns policiais militares matem e fiquem na impunidade, continuam existindo para o estrito cumprimento do dever legal.
Desacato à autoridade é outro resquício do regime militar.
Túnel do tempo...
Que fim levaram alguns torturadores vivos de 1974?
É o novo...
Novarussense lembrando que, em 1970, levou uma surra de um milico.
___________________________________________
Colunista: Professor Tim é cientista político e blogueiro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário