Artigo do Blog Professor Tim sobre o extraordinário discurso do Dr. Júnior Bonfim como acadêmico da Academia Novarussense de Letras!

Acadêmico em que Machado de Assis é seu patrono, Dr. Júnior Bonfim espetacularizou a retórica em espetacular discurso de posse na ANL!

Durante posse fenomenal na Academia Novarussense de Letrs (ANL), cujo patrono é o genial escritor Machado de Assis (fundador da ABL),  o Dr. Júnior Bonfim(advogado dos mais admirados/intelectual consagrado) espetacularizou a retórica e a oratória na 'capital do croché'. Fez memorável e espetacular discurso na fundação da ANL, ocorrida no GRN, na noite de 11 de novembro -aniversário emancipacionista do nosso município.

Começou com uma saudação  especial às autoridades, aos cavalheiros e à juventude, até rogando vênias para um elogio à concisão:

Autoridades que nos honram com a presença,
Cavalheiros que espalham cortesia e
Juventude que nos brinda com suas esmeraldas de sonho,
Meu afetuoso boa noite!
Rogo vênias para fazer uma dileção à brevidade, um louvor à síntese, um elogio à concisão.

Damas que aformoseiam as colunas deste Clube,

Chamando a solenidade de posse de expressão litúrgica da fé literária, Dr. Júnior busca a pedra filosofal no sodalício literário nas plagas abençoadas de Nossa Senhora da Graças, sendo um marco indelével na capital do croché:

Desloquei-me dos pés do mar - chamo-o de incansável viajante que nunca sai do lugar - exclusivamente para tomar assento nesta celebração histórica. Antes do mais, externo quão enternecido está meu coração com esta litúrgica e solene profissão de fé nos valores fecundantes do espírito.

Desde quando firmei laços laborais com estas plagas de Nossa Senhora das Graças, venho conversando sobre o engenho de se lançar a pedra filosofal e o alicerce fundacional de um Sodalício literário. Vibrei quando uma plêiade de Novarussenses, aqui personificados no meu estimado amigo doutor Chico Rosa,

se encheu de entusiasmo com esta causa, pois ela representará um marco indelével para esta terra. Saúdo, pois, as guerreiras floridas e os varões assinalados que se uniram para mimosear a Capital do Crochê com esta obra de arte!

No momento de um surto autoritário na Pátria Brasil que turva a trilha civilizatória, com a legião dos imbecis nas redes sociais e as mediocridades amadas pelo povo, ele prega a centralidade na cultura e a magnitude literária da ANL, sendo a escrita uma divinal tarefa:

Num momento em que nossa Pátria se angustia com as turvas muralhas que surgem na sua trilha civilizatória, com líderes que trafegam despudoradamente entre a insanidade e o desvario e, em especial, com um povo que inexplicavelmente festeja mediocridades e se extasia com idiotices, urge que recuperemos a centralidade restauradora da educação e da cultura. E aqui reside a magnitude alvissareira do empreendimento imaterial que ora inauguramos. Cunhar a libertária escritura é, indiscutivelmente, um ato de sacrifício, na razão etimológica mais sublime que esta palavra pode encerrar: sacrifício como sacro ofício. Escrever é a divinal tarefa, o sagrado ofício de usar estrelas para espancar as trevas que atormentam a alma humana.

Para finalizar, como os grandes tribunos/oradores, definiu que a fundação da ANL é um Fiat Lux (fazendo a luz) fazer germinar uma colossal árvore literária:

Cunhar a libertária escritura é, indiscutivelmente, um ato de sacrifício, na razão etimológica mais sublime que esta palavra pode encerrar: sacrifício como sacro ofício. Escrever é a divinal tarefa, o sagrado ofício de usar estrelas para espancar as trevas que atormentam a alma humana.

Os que empilham os tijolos silábicos, no trabalho mágico da construção dos edifícios linguísticos, tem a mesma resplandecente tarefa dos antigos latinos, sintetizada no dístico “*Fiat Lux!”*

Fazer a luz, colaborar para que o nosso próximo se liberte da escuridão da caverna, é a missão excelsa do escritor e das confrarias que os agregam.

Nova Russas oficializa esse compromisso na data magna do seu natalício. As sementes lançadas hoje germinarão, qual árvores colossais, por toda a ribeira do Curtume. Ni

Viva a Academia não de Letras!

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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro!