Poderia escrever sobre outro tema em relação aos deputados federais Júnior Mano (PL) e Roberto -PSDB-, mas optei pela temática do agronegócio. Até porque o assunto principal da coletiva à imprensa (Hotel Rasco) dos referidos deputados federais.
- Na coletiva à imprensa, segundo artigo do
- professor/intelectual Reginaldo Silva, Roberto Pessoa e
- Júnior Mano defenderam a importância do Agronegócio
- como potencial de desenvolvimento do Nordeste e da
- própria região do Semi-Árido -além da geração de
- emprego e de renda.
Sei que Roberto Pessoa conhece um pouco mais do agronegócio do que Júnior Mano, até por ser um conservador/direitista empresário do setor do agronegócio. Dono de várias granjas para produção e venda em larga dos famigerados frangos de granja -que eu não como de forma alguma.
Diferente do que eles pensam, o agronegócio é um péssimo negócio para o Brasil. A chamada agricultura extensiva/mecanizada/tecnológica do agronegócio (especialmente nos cerrados do Centro-Oeste, do Maranhão/Piauí/Amazônia) rende muito pouco para o povo brasileiro.
O tal famoso e midiatizado gera poucos empregos no campo. Uma grande fazenda produtora de soja, de milho, de outros produtos do agrobusiness (commodities para exportação), gera poucos empregos. Não mais que 20 empregos, por conta do uso de máquinas que substituem a mão de obra.
Pior. Os donos das terras e dos gigantescos latifúndios produtores da monocultura do agronegócio são estrangeiros ligados ao grande capital dos Estados Unidos e da Europa. Até mesmo bancos são donos de grandes extensões de terra, como é o caso do Bradesco.
O mal que o agronegócio faz é muito grande, não apenas expulsando os sem terra de suas terras ou produzindo queimadas e desmatamento.
Mas também contaminando as terras, os rios e suas nascentes com grande carga de veneno (vulgo agrotóxico) jogados de aviões dirigidos por drones.
Não acredito que o agronegócio seja importante para o desenvolvimento do Nordeste e do Semi-Árido. Não tem sentido algum querer vincular o agronegócio com o desenvolvimento global e econômico das secas e áridas regiões cearenses.
Faltou Júnior e Roberto falarem isso!
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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro!
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