Para quem votou ou participou diretamente da eleição presidencial de 1989, sabe do que estou falando e entendeu o título acima. Naquele ano, por uma chamada obra de engenharia política do então guru comunista João Amazonas, o deputado José Paulo Bisol foi desfiliado do PMDB e se filiou ao PSB para ser o vice do então candidato do PT e da Frente Brasil Popular (PT-PSB-PC do B), Luís Inácio da Silva, o Lula.
A história e o mesmo padrão político parece se repetir na eleição presidencial de 2022, não se sabe, como farsa ou tragédia. O ex-governador de São Paulo e adversário do petismo por longos anos, saiu do PSDB e se filiou ao PSB para ser o candidato a vice na chapa presidencial de Lula, que vai polarizar a eleição com o Presidente Bolsonaro.
Apesar das correntes radicais petistas não aceitarem muito Alckmin, o certo é que ele soma muito na chapa presidencial do petismo. Representa o eleitorado paulista/paulistano, tem muita aceitação no eleitorado do Sudeste, faz parte da política conservadora/tradicional com grande respeito dos religiosos, do grandes empresários e do centrão.
Somando na chapa para derrotar Bolsonaro e o Bolsonarismo.
Muito mais forte politicamente do que José Alencar, que foi o vice ideal do Lulismo em duas eleições.
A escolha do vice Alckmin leva a uma reflexão sobre o protagonismo político do petismo. O PT se acha o monopolista supremo da política brasileira em relação à Presidência da República: só o partido pode chegar ao Palácio do Planalto. Lula é e sempre será o maior político e o maior dos mitos políticos.
Os outros partidos de Esquerda e os políticos só prestam para uma coisa: indicar o vice de Lula.
O PT nunca foi vice, nem do Brizola: grande líder do trabalhismo brasileiro.
Chapa Lula-Alckmin diz tudo!
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Autor: Professor Tim é cientista político e blogueiro!
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