terça-feira, 7 de junho de 2022

Em tempos de Bolsonarismo radical e da anti-política, ou de políticos que não enobrecem a política e serão políticos fracassados no além do desencarne espiritual, o maravilhoso texto do doutrinador José Matos, muito bem, serve para conscientizar de que a verdadeira política deve ser uma programação existencial para o bem, para a caridade e a reeducação.

 UM POLÍTICO FRACASSADO NO ALÉM

A política é uma das atividades mais útil e nobre que o ser humano pode desempenhar. Não obstante, poucos políticos são conscientes da responsabilidade e da grandeza com que deve ser exercida. Quase todos, buscam apenas locupletar-se e exaltar o ego. O ideal de todo político deveria ser o de Tiradentes, referindo-ao Brasil: "se dez vidas tivesse, dez vidas daria".
Vera Lúcia Marinzeck, em seu livro: "MORRI! E AGORA?", relata o drama de um político após a morte, vejamos: "...estava num leito daquele hospital moderno, acordei, e não abri os olhos (...) pela primeira vez indaguei-me: o que seria morrer? havia frequentado, socialmente, muitas igrejas e templos, apenas, pra arrecadar votos e ouvido vários sermões aos quais, infelizmente, não dera atenção, mas algumas coisas do que ouvira vieram, naquele instante na minha mente: eu acabaria com a morte? ao pensar neste fato, me apavorei (...) Desencarnarei como dizem os espíritas? se houver uma sentença por certo não me darei bem. (...) perguntei: morri e agora?
Agora ficará aí pra ver e ouvir outros hipócritas como você, falou um vulto, gargalhando (...) Foi um horror; apelei mentalmente e pedi: Deus, misericordioso Pai, ajude-me! quantos lhe pediram por Deus, você os atendeu? Notei, então, que três vultos estranhos estavam do lado de trás do meu caixão e fora um deles quem falara e falou novamente: agora verá o que é de fato a morte pra você que é ladrão e corrupto. Ficará aí dias junto ao corpo de carne que tanto cultuou. Aproveite pra pensar no que fez de errado (...) você merecia ficar aí até seu corpo carnal virar pó, mas o chefe quer julgá-lo...me deixaram num salão e senti muito medo. Eu, acostumado a mandar, receber agrados e elogios, estava sendo humilhado e tratado como um ser desprezível.
(...) Fui condenado (...) Será escravo. Colocaram um aro de ferro em meu pescoço e fiquei preso a uma corrente. Começou pra mim um longo período de sofrimento (...) Um grupo de homens aproximou-se, tiraram minha roupa, bateram--me muito, me cuspiram e me xingaram. Sofri horrores; foram muitos anos de padecimento e humilhação. Por que reclama, perguntavam meus carrascos. Você se importava com as pessoas que sofriam? O dinheiro que roubou não foi causa de sofrimento dos outros? arrependi-me, passei a ajudar outros infortunados e fui tirado dali pra tratamento e reeducação".
José Matos

- DF

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