sábado, 3 de junho de 2023

Leia no tempo certo o artigo de Reginaldo Silva!

 Reginaldo silva e a longa temporalidade dos domingos no racha do PDT!
Em mais um artigo em que mistura futebol e política, o jornalista Reginaldo Silva, a respeito do racha no PDT, utilizou os domingos para fazer analogia temporal. Dizendo e afirmando no título e chamada do artigo, de que "os domingos pós-eleição, são mais longos do que os domingos de uma tarde de futebol".
O lapso temporal na temporalidade do futebol e da política, breve e curta, no futebol, longa, na política, é de que as torcidas futebolísticas e os agentes políticos costumam ver o tempo de forma diferente. Uma torcida de futebol (...alô, alô torcida do flamengo...rsrs!), por ex., como citou o autor, tem um intervalo de apenas um domingo,  entre o ódio das vaias e o êxtase do aplauso.
Muito diferente na política. Que, pelo calendário eleitoral do tempo político, pode durar quatro ou mais anos para passar a raiva e a adesão.
Pois bem. Disse assim, visando explicar o racha que divide os Irmãos Ferreira Gomes, Cid com sua torcida/turma política, Ciro, com outra, assim divididos desde a última eleição estadual, quando ambos estiveram em palanques diferentes: Ciro com os pedetistas de Roberto Cláudio, Cid com os Lulistas e com Elmano.
E o cenário temporal da divisão e do racha no PDT, inspirador de Reginaldo, foi a posse do novo Presidente do TRE/CE, desembargador Raimundo Nonato Silva Santos, quando Ciro e Cid sequer se cumprimentaram, revelando ser a mais longa das mais longas divisões entre eles.
Dentro da temporalidade dominical futebolística (e esperando uma partida de futebol em Sobral), num domingo qualquer, sendo Cid e Ciro torcedores do Guarani de Sobral, fica a torcida para que eles façam as pazes políticas.
O tempo é o senhor da razão: no futebol e na política.
Temporal e politicamente correto o artigo de Reginaldo.
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O racha no PDT-CE: os domingos pós-eleição, são mais longos que os domingos de uma tarde de futebol. Por Reginaldo Silva


Cid e Ciro saíram sem se cumprimentar na sessão solene de posse da nova diretoria do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

Os dois tiveram um afastamento político por ocasião do último pleito eleitoral para o Governo do Estado. Cid queria a reeleição de Izolda, Ciro queria a eleição de Roberto Cláudio. No impasse, Camilo escolheu Elmano, Cid se afastou do processo e Ciro seguiu sua sanha de fazer Roberto Cláudio governador do estado.

Quem não lembra da fala carregada de “esses” de Carlos Lupi e da musiquinha cantada na Convençao do PDT.  “O melhor prefeito vai virar governador”, cantava o desafinado Lupi naquela ocasião. Ciro também acreditava na melodia Lupiana.

Pois bem. Costumo dizer que a política é cega. Ela venda os olhos de quem está envolvido emocionalmente de tal forma que não se consegue enxergar o óbvio, talvez por essa razão, ela seja tão fascinante.

Na política, fracasso e sucesso andam de mãos dadas. Com a mesma rapidez com que subimos, também podemos cair, por um motivo simples, ela não é individual, é coletiva! As maiores inteligências costumam subestimar esse fato, fatores alheios interferem nos resultados.

Partidos políticos são diferentes de torcidas de futebol. Uma torcida apaixonada em um domingo sai do estádio vaiando o clube, no outro, aplaude o time em estado de êxtase, esquecendo os ressentimentos da derrota passada.

A diferença entre uma torcida apaixonada e um grupo político emocionalmente envolvidos, está no tempo. A primeira se recupera no primeiro domingo após a derrota, o segundo, precisa de dois a quatro anos para se recuperar e, às vezes, essas feridas duram uma vida inteira. São obras da alma humana.

O racha no PDT do Ceará e o afastamento dos irmãos Ferreira Gomes ficaram mais evidenciados na sessão solene do TRE-CE desta sexta. Toda a cúpula política ali presente, de situação e oposição, buscavam o bom relacionamento com a Corte eleitoral, que irá comandar as eleições municipais do ano que vem. A cordialidade republicana entre o tribunal e a classe política é salutar para o fortalecimento da democracia no país e no estado.

Para se ter uma ideia da importância da Corte eleitoral cearense para a classe política, dos 309 processos de Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) e Ação de Investigação Judicial Eleitoral no estado foram 309 processos e 308 já foram julgados, ou seja, as divergência no campo de batalha eleitoral caminham para aquela Corte.

Já a batalha travada internamente pelo PDT no Ceará, segue viva. Pelo menos foi o que demonstrou o comportamento das principais autoridades da legenda presentes no evento desta sexta.

A sessão concorrida do TRE-CE, deixou evidente que as feridas no PDT ainda não foram curadas, que os atores principais continuam em guerra para conquistar ou recuperar o território perdido. Definitivamente, os domingos pós-eleição, são mais longos que os domingos de uma tarde de futebol.


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