sábado, 22 de julho de 2023

Análise política perfeita no artigo de Reginaldo Silva sobre a força do Bolsonarismo para o bem e para o mal!

 Reginaldo Silva defende tese de que o Bolsonarismo pode dividir novamente o PT e o PDT! 
Em artigo que chama atenção pela excelência nos argumentos políticos, o intelectual/jornalista Reginaldo Silva destacou a grande força política do Bolsonarismo em 2018, quando foi turbinado pelas milícias digitais virtuais e venceu a eleição presidencial e construiu um novo paradigma eleitoral, para o bem e para o mal.
Defende uma tese política (e das mais corretas), afirmando que o Capitão Wagner cometeu grave erro político ao não apoiar a candidatura do então candidato Bolsonaro à reeleição do Presidente Bolsonaro, por conta de não ter apoiado Bolsonaro, sendo neutro na referida caNÁLampanha, não foi ao segundo turno da eleição de Governador do Ceará.
Alerta que a posição de Wagner ajudou muito na divisão entre o PDT e o PT, que tinham candidatos ao governo (Roberto Cláudio versus Elmano), e que vai continuar dividindo os dois partidos de Esquerda. Devendo-se, em 2024, ter uma disputa entre Luizianne Sarto na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.
Pois continua a polarização radical entre Lula e Bolsonaro.
Para o bem e para o mal.
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O efeito Bolsonaro nas eleições, a relação PT-PDT e o duelo marcado entre Sarto e Luizianne. Por Reginaldo Silva

Por Reginaldo Silva- Professor, Radialista e Jornalista

Bolsonaro foi uma quebra de paradigma eleitoral em 2018, para o bem ou para o mal. Ele quebrou o conjunto de crenças, valores, ideias e conceitos que moldavam o modo como as pessoas e a sociedade enxergavam a realidade eleitoral.

Publicitários, marqueteiros, cientistas políticos, líderes partidários, não conseguiam entender como um candidato, sem tempo de rádio e televisão, com um partido nanico e sem alianças poderia chegar à presidência da República. Ele chegou, contra tudo e contra todos. Todos menosprezaram a força das milícias digitais.

Em Fortaleza, se Capitão Wagner tivesse abraçado a campanha de Bolsonaro com unhas e dentes para o governo do estado talvez tivesse ido para o segundo turno. Talvez, são conjeturas, mas o posicionamento de neutralidade em relação ao presidente na época, trouxe consequências no pleito e possíveis rachas no futuro com a base da direita na capital cearense.

O efeito Bolsonaro, também contribuiu para o racha histórico entre PT e PDT no Ceará. O efeito violento da polarização entre Lula e Bolsonaro, obrigou Ciro a criar um palanque puro no Ceará, que acabou resultando na ruptura da aliança entre petistas e pedetistas que caminhava para 20 anos de lua de mel.

A eleição para prefeito de Fortaleza de 2024, também sofrerá com o efeito Bolsonaro. André Fernandes, depois dos últimos episódios envolvendo parlamentares do PL, apresenta-se como o último dos moicanos a defender as trincheiras do bolsonarismo na Capital e, certamente, vai lutar para garantir a fidelidade dos votos da direita e do bolsonarismo raiz na eleição para prefeito de Fortaleza em 2024, fato que trará implicações para candidatura de Capitão Wagner, devido a divisão de votos desse campo da direita.

Políticos cearenses mais pragmáticos, acreditam que Luizianne Lins tem uma boa largada, porém tem um teto baixo. Para estes analistas, a rejeição prejudica a chegada. Bolsonaro também quebrou esse paradigma da rejeição, mesmo com ela nas alturas perdeu o segundo turno por uma porcentagem ínfima de votos e deixou muita gente com calafrios até o fechamento dos 100% do resultado da eleição presidencial. Luizianne, certamente tem esses estudos na mão.

O sonho de que possa haver uma ingerência da Executiva Nacional para colocar um nome novo na disputa para prefeitura de Fortaleza, ou que o PT não dispute o pleito numa conjuntura de partidos aliados, é um sonho que se sonha só. Essa lição não é do bolsonarismo é do lulismo mesmo.

Com o acordo entre Cid e André Figueiredo para que o senador permaneça no cargo até dezembro deste ano e o deputado federal retome o comando em janeiro de 2024, fica marcado o duelo, entre Sarto e Luizianne para outubro de 2024.

Pois é, para o bem ou para o mal, Lula e Bolsonaro seguem influenciando a vida do povo brasileiro e, no Ceará, não tem sido diferente.





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