sábado, 18 de fevereiro de 2017

1º Ensaio Psicanalítico do Blog Professor Tim sobre Lacan e o lacanismo.

1ª Dissertação do Blog Professor Tim sobre Lacan e o Lacanismo!
A Lógica do Sujeito. O retorno a Freud e o inconsciente como linguagem.
A contratransferência e a formação do analista do futuro psicanalítico.
São definições, conceitos e estudos psicanalíticos de Jean Jacques Lacan -sucessor de Freud, de Jung e um dos mais completos psicanalista da França e da Europa. 
Jacques Lacan, em alguns momentos psicanalíticos, retornou a Freud, mas com superioridade intelectual.
Dizendo, por exemplo, Jacques Lacan a partir das epistemes e dos mitemas, de que o Complexo de Édipo, além das causas darwinistas biológicas e do incesto, tem outras razões, na tentativa do filho tenta transar com a própria a mãe.
Sua corrente psicanalista ficava além dos tratamentos clínicos ortodoxos, agregando para o Divã psicanalítico, não apenas do Complexo de Édipo, conhecimentos das ciências humanas e sociais, da parapsicologia, da psicologia analítica: e até da filosofia marxista. 
Lacan e o lacanismo definiram o inconsciente como estruturado e formado na linguagem humana, seja corporal ou verbal. 
Formou o analise do futuro no psique psicossomático. ao tempo por não se deixar apreender em nenhuma interpretação classificatória. 
Lacan evitou que a psicanálsie se transformasse em método tolo de adaptação social,  armadilha à qual, infelizmente, alguns pós-freudianos não conseguiram escapar.
Sendo assim, psicanalicamente, Lacan superou a todos por uma  Psicanálise de análise coletiva, engajada na libertação dos povos e sem o dogma da sexualidade ou da falta dela na origem das neuroses e das perversões. 
Vale a pena estudar Lacan, sejam humanos psicanalistas ou não. 
Saudações Lacanianas a todos!
Análise Lacaniana do pós-moderno e o complexo de Édipo...
A análise lacaniana é perfeita sobre o todo psicanalítico e o recalque neurótico-paranóico do sujeito pós-moderno. 
Lacana fala da transição entre o sujeito moderno e o eixo vertical das identificações [operário que obedece ao gerente da fábrica que obedece ao industrial que obedece ao estado burguês e suas instituições] para o sujeito globalizado e pós-moderno, sem identidade alguma.
Mesmo eixo vertical das identificações explicativo do sujeito familiar na sociedade patriarcal, misógina, reprodutiva e pré-capitalista.
Sujeito familiar, masculino, impedido de realizar seu ego/superego, ou seja, seu Complexo de Édipo, ou seja, seu desejo de transar com a própria, impedido pela regra moral do incesto e das leis. Gerador da tensão de querer matar o próprio pai.
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Real, Simbólico e imaginário em Lacan...
O Real é a terceira dimensão psicanalítica. Aquilo que não é simbólico e nem imaginário. Complexo de Castração. Impossibilidade de realização do desejo masculino de transar com a própria mãe.
O Simbólico representa a linguagem, as palavras, as leis que proíbem o incesto. Causa e efeito da cultura e da não animalidade, fazendo-nos diferente dos animais. Teoria psicanalítica regente do sujeito do inconsciente.
Enquanto o imaginário inclui duas teorias. Por um, quer dizer falso e, por este viés, aponta à ilusão de autonomia da consciência. Por outro lado, tem aver diretamente com as representações e as imagens. Até mesmo os arquétipos, os inconscientes coletivos e os imaginários.
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Quatro fases de Lacan e do Lacanismo...
Primeira fase é a épica, ou saga do retorno psicanalítico a Freud. Depois, a fase neoclássica: estruturada nos conceitos psicanalíticos originais. Depois a fase Kitsch, quando os conceitos psicanalíticos foram repetidos em série. Ainda o tempo do paradigma, quando foi preciso consolidar o edifício conceitual da psicanálise. Tudo isso caracterizando o nó Borromeano, construido por quatro circulos entrelaçados e inseparáveis.
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Psicanálise de Lacan e o capitalismo moderno na psique do sujeito pós-moderno...
O capitalismo pós-moderno, dizia Lacan, é a própria destruição do modo de vida atual, dos laços sociais e da individualidade extremada. Ego extremado acima de tudo.
Sujeito vivendo numa civilização condicionada pelo discurso da ciência capitalista e pela globalização financeira do capital.
Lacana afirma que o sujeito globalizado alienado no consumo rejeita a castração. Pelo fato de o discurso analítico reintroduzir a castração, Lacan coloca a psicanálise como a única saída do capitalismo. Criando uma ética capitalista do analisando egoísta: 
"Es war soll Ich Werden" [aí onde isso era, deve advir Eu].
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Lacan, psicanálise e loucuras...
Se de médico e louco, todo mundo tem um pouco, Lacan foi muito mais além. 
Lacan entendeu todos os loucos e todas as loucuras, ao afirmar que o psicótico, pela foraclusão [Verwerfung, em alemão], é o louco que não é Complexo de Édipo e nem da Castração.
O louco é o verdadeiro homem livre, pois não precisa do outro ou de seguir regras éticas e morais da burguesia e da sociedade conservadora. Posição que não deve se confundir com a dos anti-psiquiatras que colocavam a loucura como ideal do sujeito humano.
Estudioso profundo das neuroses e das loucuras, a partir da neurobiologia e da psicogênes, e dentro dos significantes e das experiências enigmáticas, Lacan também defendia alguns tipos de loucura. Loucura profética, quando os deuses se comunicariam com os mortais através do corpo de um deles.
Ou a ritual ou dionisíaca, quando o louco se via conduzido êxtase através das danças ou de rituais; E as loucuras amorosa e poética.
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Lacan, linguagem e medicina...
Com a teoria correta dos quatro discursos (domestre, do universitário, da histérica e do analítico), Lacan decifrou para sempre o discurso normativo da medicina e dos médicos.
Assim, o discurso médico, especialmente, ao se submeter às Leis do mercado, passa a ser reconehcido como uma ideologia. 
A medicina sabe o que é bom para cada um de nós. À semelhança do discurso religioso, a medicina regulamenta uma infinidade de regras básicas puritanas de nossas vidas.
A medicina participa de decisões judiciais através do seus peritos, participa  na área econômica por meio da distribuição de recursos assistenciais e de pesquisa.
Interfere na educação, nas estratégias de controle da natalidade, nas rotinas de trabalho, na sexualidade do esporte, no lazer, no vestuário, nas polêmicas ecológicas, na orientação psicológica nas recomendações alimentações.
Ainda prescreve, aconselha, recomenda. proíbe, condena: as doenças resultam dos pecados, dos excessos ou dos descuidos.
Também à semelhança do discurso religioso, a medicina é moralizadora: basta pensar na impaciência do médico com quem nao cupe as prescriçoes com com o doente que se entrega a uma vida de prazeres.
O desejo da cura em medicina se sustenta sobre os conceitos de normal e atologico que podem sa confundir como bem e o mal. Em Psicanálise, ante o incosciente, a repetição e as pulsões não criam juízo de valor.
Aos médicos que a desconhecem, a Psicanálise inspira temor, pois os obriga a se pergutnarem sobre suas próprias posições frente à doença e à morte, e sobre a imagem que têm de sustentar na presença dos pacientes que os procuram. A psicanálise, diferente da medicina, persegue a rela& ccedil;ão do sujeito, seu corpo e a palavra.
A medicina, portanto, diferente da Psicanálise, é habitada por uma dupla ingenuidade. Primeira é a do instinto de curar do médico se associa à crença de que a fala do paciente reflete aquilo que este fato deseja. Como se muitos pacientes não tencionassem conservar a doença em vez de curar.
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Lacan e a dimensão política da psicanálise...
Falar em Lacan e o político implica relacionar o inconsciente freudiano-lacaniano com as transformações sociais e históricas do mundo contemporâneo. 
O descentramento efetuado pela psicanálise, da ordem política para a realidade psíquica, implicou um deslocamento do ser do mundo para o ser do desejo e colocou a questão da implicação do sujeito no político, fazendo com que a responsabilidade do analista se situe tanto na clínica quanto no social. 
Algo explicativo do egoísmo, do consumismo, da hegemonia capitalista e da queda do socialismo real.
Lacan e a ideologia falsa do progresso...
Devemos a Lacan a explicitação do social e do político no próprio inconsciente, ao nos brindar com dois aforismos que de uma certa forma resumem tudo. 
O primeiro diz que o inconsciente é a política e que o segundo que o inconsciente é o  discurso do outro.
Lacan explica isso pela lógica individualista da modernidade, do mercado e da ciência, ou idéia de felicidade. 
Algo levado ao extremo pelas ideologias do progresso prometendo um paraíso na Terra por meio do(socialismo/comunismo) e da globalização técnica e científica.
Mas o que fizeram mesmo foi organizar um mal-estar na civilização terrena na destruição do inconsciente solidário e na construção de um consciente irracional da irrazão bárbara do capitalismo global
Nestes tempos de globalização totalitária, a violência e o totalitarismo político vinculam-se ao religioso fundamentalista. 
Dando razão a Lacan, que fez uma releitura entre o político totalitário, o fundamentalismo religioso e a psicoses coletivas das massas uniformes e não pensantes.
Fraseologia de Lacan e do Lacanismo...
Veja algumas frases psicanalíticas de Lacan: o sintoma é a inscrição do simbólico no real; a Lei do homem é a lei da linguagem; uma psicanálise é o tratamento que se espera de um analista, o desejo é a essência da realidade, o real é impossível; o psicanalista faz parte do conceito de inconsciente; Desidero é o cogito freudiano, a lei é o desejo recalcado de uma só pessoa e coisa, a mulher não existe, o enigma é o cúmulo do sentido; Não há relação sexual, o inconsciente é o significante em ação, o amor é dá o que não se tem.
Mais frases. A psicoterapia conduz ao pior, a verdade tem estrutura de ficção, Deus é inconsciente. O sintoma é estrutura, o inconsciente é o significante em ação, não há metalinguagem, a transferência é uma relação vinculada essencialmente ao tempo.
Inconsciente estruturado como Linguagem...
Revela, segundo o Lacanismo, que o que falamos ou escrevemos, ou dos matemas e dos sonhos, estrutura o nosso estruturalismo social, político, econômico e cultural das nossas existências. 
Obra literária de Lacan...
Grande escritor psicanalítico, Lacan escreveu vários livros. Os principais: Seminário, Psicanálise sem Édipo, entre outros.
Túnel do Tempo...
Que fim levou o psicanalista José Ângelo Gaiarsa, um dos maiores estudiosos de Freud no Brasil?
É o novo!
Revolucionário de 1968 lembrando que, na Universidade de Paris, assistiu palestra de Lacan sobre contratransferência.
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Ensaísta: Professor Tim é cientista político, blogueiro e estudioso do Lacanismo.

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