sábado, 25 de março de 2017

Ensaio Inédito do Blog Professor Tim sobre Heidegger.

1º ensaio inédito sobre Heidegger na Blogosfera!
Se o Nazismo do Terceiro Reich e o próprio líder máximo de tal regime totalitário, Adolf Hitler, teve um filósofo preferido, sem dúvida, foi Martin Heidegger e sua filosofia do Ser e do Tempo. 
Martin HeideggerResultado de imagem para fotos e imagens de heidegger representou, filosoficamente, a suástica, a pureza ariana da raça pura e o nacional-socialismo como filosofia do ateu nazista querendo dominar o mundo ocidental.
Mesmo que considerasse o Nazismo como um sistema de dominação ideológica, tecnológica e instrumental dos poderosos sobre as massas, ou uma manifestação extrema dos nacionalismos xenófobos,  Heidegger politizou os conceitos de Ser e Tempo em defesa do darwinismo social e da filosofar do arianismo existencial.
Em seu livro principal da época em que filiado ao Partido Nazista, "Ser e o Tempo", Heidegger define que a vida só tem sentido com angústia e sofrimento rumo à morte. Explicando a finitude da vida terrena. Tudo se acaba na Terra.
Ser e o Tempo também fala da idéia de razão instrumental ao ente que permite a crítica da ontologia da coisa [perfuração de substância] e um primeiro deslocamento em relação ao perdomínio do metafísico da metáfora do olhar. 
Defendendo o logocentrismo (idéia de que o juízo que abre o ente; de que usa sua descoberta é a exposição humana ao um vazio humano.
Ser e o Tempo também aponta a instrumentabilidade, ou  seja, a superação da questão tradicional do conhecimento. Explicativo da relação gnoseológico (sujeito/mundo, espírito/real), descobrindo o intra do mundano.
Ser e o Tempo aborda, ainda, que o homem sem conhecimento é um ente primitivo, igual a um macaco querendo usar telefone celular e computador. Projeto a superioridade do ser no mundo sobre o ente ou objeto.
O ser é o ser que pensa, homem com cérebro e inteligência, com capacidade para interpretar o que faz e pratica diariamente: alimentação, trabalho, religião, lazer, de acordo com dialética de ocultação e desocultação, mas diferente da dialética hegeliano-marxista.
A dialética, segundo Heidegger, não é apenas no sentido da luta de classes. Mas de revelar todas as verdades dos homens e da classes sociais. Pensando a Humanidade como um todo. Aspectos gerais dos seres [entes concretos], em especial o Homem material e intelectual.
Ao lado da fenomenologia, da ontologia fundamental, do existencialismo ateu, do positivismo lógico, da análise lógica filosófica, da própria metafísica,  entre outros conceitos filosóficos, Heidegger foi um filósofo existencialista moderno, especulativo, clássico e filológico.
Assim, filosoficamente, como hoje é dia de todos os santos, não coloque o filósofo ateu Heidegger na galeria dos santos filósofos católicos. Mas não o demonize totalmente. 
Foi apenas um filósofo do seu tempo totalitário. Nada mais do que isso.
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Heidegger e a tese da aniquilação da coisa. Quadrindade da coisa, do ente, do ser e da jarra.
No seu famoso ensaio "Das Ding", Heidegger atribui à moderna ciência instrumental a aniquilação da coisa. Que quer dizer tal coisa? 
Calma. Nada de bomba nuclear explodindo tudo e acabando com as coisas.
Aniquilar a coisa é o mesmo que destruir coisas singulares. De que se trata, afinal? Heidegger estuda a compreensão de sua tese por meio de uma comparação.
No momento, vemos uma jarra como coisa quando a enchemos, e encher uma jarra significa deixar correr um derramamento na jarra vazia.
O que faz a jarra ser um vasilhame não é a matéria sólida de que ela é feita, mas o oposto desta, o vazio. Por outro lado, na visão da ciência, encher uma jarra é um assunto totalmente diferente: trata-se de trocar um enchimento (ar) por um outro (líquido), num recipiente impermeável. O vasilhame ontológico e não ôntico, ou seja, tem racionalidade.
Heidegger chama isso de "armação" ou Gestell, ou entes armados (Bestand). Privilegiando a instalação perseguidora (Nachstellends Bastellen). 
Projeto efetivo do ser concreto.
Heidegger lembra inda que o sentido originário da palavra latina res é aquilo de que se fala, de que se trata a jarra como ente e como ser.
Essa foi a maneira que Heidegger encontrou, seguindo o poeta Holderlin, de pensar o ser do ente não mais dominado pela armação. 
Na fábrica, o homem é apenas um operário fabril alienado produzindo jarras vazias. Já na quadrindade, a identidade última do ser humano e a ordem de seus afazeres  operários-fabris, ele adquire consciência de que é um ser racional-cultural-concreto-classista, contra o vazio do homem abstrato e da metafísica de Deus. 
Tornando-se olheiro da jarra, apenas fabricas jarras. 
Quando agricultor, enche a jarra de água para irrigar a terra. Nos intervalos do trabalho na roça, bebe água nas jarras. 
Nos dias festivos, usa a jarra para fazer serviços e oferendas aos deuses. Na hora da morte, ele se afasta de toda as coisas e passa o "santuário do nada". 
Sobre o ser e a quadrindade [Geviert], relativo ao oleiro da jarra, Heidegger usa as quatro formas aristotélicas (matéria, forma, finalidade, efetivação). 
O oleiro não é um trabalhador, nem no sentido sociológocio, nem na acepção existencial-ôntica dessa palavra em Ser e Tempo, exemplificada por um artesão da vida cotidiana. O oleiro ou trabalhador heideggeriano não é do operariado industrial ou manual. 
Apenas um oleiro!
Dasein no existencialismo de Heidegger...
Fala e explica a questão filosófica do ser humano. Seu sentido existencial enquanto ente concreto pensante. Ser aí e ser no mundo. Intelectual, inteligente e pensante. O Ser e o Tempo historicamente falando.
Diferenças entre ser e ente...
Inspirado no animismo e na filosofia panteísta de Spinosa, define os entes: homens e mulheres, animais, plantas, pedras, pássaros objetos, prédios, escolas etc. Ente concreto principal é o homem. 
Já os entes abstratos não são seres, porque não existem concretamente. Caso dos anjos, dos milagres, de Deus, da saudade, do amor etc.
Túnel do tempo...
Que fim levou a versão original de O Ser e o Tempo.
É o novo...
Sujeito lembrando que, no curso de filosofia da USP, em São Paulo, nos idos dos anos 70, estudou Heidegger.
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Ensaísta: Professor Tim é filósofo existencialista e leitor dos livros filosóficos de Heidegger.

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