Artigo do Blog Professor Tim sobre a construção filosófica e teológica do Choque de Civilizações.

Preconceitos, conceitos do Super-Homem e teorias racistas na formação do Choque de Civilizações!

Foi um pensador do Departamento de Estado Norte-Americano e ligado ao governo Bush, o sociólogo imperialista Samuel Hutington o primeiro a teorizar sobre a prática do Choque de Civilizações. Caso da guerra entre vários povos e civilizações, como a guerra islâmica dos países islâmicos contra os Estados Unidos após o fim da guerra fria.

Se o Choque de Civilizações, pós Muro de Berlim e a guerra fria, foi religioso e teocrático, há outras variantes, nesse e outros sentidos, a respeito de outros choques entre povos que se acham superiores e outros chamados de inferiores.

A Bíblia Sagrada, em seus vários capítulos e versículos, transformou Israel, por ex., em povo escolhido por Deus para dominar o mundo e escravizar outros povos, antes e depois da Diáspora judaica, como o povo palestino -segregado e mutilado no território do Estado de Israel, que até tomou territórios árabes a pedido de Deus.

Chamados de novo Israel, os Estados Unidos se declaram um povo imperialista excepcional e eleito também pelo Deus Todo Poderoso para dominar e subjugar todos os povos da Terra. Sentido explicativo das invasões imperialistas dos EUA em vários países e nações.

E o Imperialismo da Era Trump e dos falcões guerreiros do Partido Republicano, dentro da guerra preventiva e de uma América absoluta, coloca em xeque a nova ordem mundial de paz e promete novas guerras imperialistas.

Antes do Império dos EUA, a Inglaterra era chamado de o Império em que o Sol nunca se põe. Teoria geográfica e imperial, em nome do Deus salve a Rainha e os britânicos, de dominar desde a Índia até a Terra do Fogo.

Não apenas no sentido teológico, os alemães se declararam antes dos norte-americanos, durante o reinado de Hitler e do III Reich, a partir do Super-Homem (Nietzsche) e de um certo passado glorioso alemão, as pessoas mais inteligentes e sábias da face da Terra.

Faziam isso nos conceitos do darwinismo social da raça pura e dos mais aptos da humanidade, do positivismo da ordem humana, no conceito de um espaço vital divino e alemão para se fazer ali o paraíso humano a terra.

Os japoneses, ou amarelos, sob a iluminação de Buda, consideram-se mais preparados e superiores aos chineses e coreanos. Teoria racista que levou os japoneses a praticarem um grande extermínio contra os chineses.

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Em passado bem distante, também por filosofias e teologias de superioridade sobre outros, os persas, os macedônios, os fenícios, os portugueses e outros povos assumiram um choque de civilizações contra nações e países. Usando-se dos piores expediente para massacrar povos em nome de uma suposta superioridade.

Mesmo que diga o Brasil descendente de Portugal, e com o eterno complexo de vira, há no Brasil positivista da ordem e do progresso, uma certa visao imperialista de dominar outros povos da América do Sul, como ocorreu durante a ditadura militar e durante os governos petistas de Lula e de Dilma -mantendo um sub-imperialismo regional.

Motivos para haver sempre um Choque de civilizações permanente, sejam por quais motivos forem: religioso, filosófico, ideológico, teológico, sociológico.

Choque civilizatório que nunca vai acabar!

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​Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.